(FOLHAPRESS) – Em mais um exemplo do acirramento político dos
 últimos meses, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não 
conseguiu manter a votação no início da noite desta quarta-feira (27) e,
 sob gritos de “fora, Cunha”, foi obrigado a suspender a sessão.
Desde que a Câmara aprovou a autorização para o impeachment de Dilma 
Rousseff, Cunha viu intensificar a ofensiva do PT e de outros partidos 
de esquerda que pedem o seu afastamento do comando da Casa. O 
peemedebista é réu no STF (Supremo Tribunal Federal) sob a acusação de 
envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras e alvo de um processo 
de cassação na Casa.
A confusão desta quarta começou quando ele decidiu manter a votação 
do projeto que cria comissões na Casa, incluindo a da Mulher, 
contrariando manifestação dos deputados em plenário, majoritariamente 
contrária.
Deputados e deputadas de partidos de esquerda se revoltaram e subiram
 à mesa do plenário. Eles ocuparam também as duas tribunas do plenário, 
inviabilizando a fala de outros deputados. Moema Gramacho (PT-BA) e 
Luiza Erundina (PSOL-SP), entre outras, permaneceram todo o tempo ao 
lado de Cunha, na mesa, protestando contra a decisão.
Acuado, o peemedebista suspendeu a sessão e chamou uma reunião de 
líderes em seu gabinete. Ele deixou o plenário debaixo de gritos de 
“fora, Cunha”. Apoiadores puxaram um coro “fora, PT”. Quando ele saiu, 
Gramacho sentou-se na cadeira do presidente da Câmara. Depois, Luiza 
Erundina. As duas exibiram cartazes “fora, Cunha”.
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