El País
Por 27 votos a 10, a mais importante reforma trabalhista desde a
criação da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) em 1943 foi aprovada
na comissão especial da Câmara dos Deputados, o primeiro passo do texto
na Casa. O projeto será levado aos deputados para votação em plenário
nesta quarta 26.
Os números da sessão desta tarde sinalizam que o Governo Michel Temer
(PMDB) deve ter facilidade em aprovar uma de suas propostas
prioritárias em tramitação no Legislativo. A análise dos parlamentares
das mudanças nas regras trabalhistas, que precisa da maioria dos
deputados presentes para passar, será um teste de força para a gestão
peemedebista que pretende aprovar a reforma da Previdência, uma mudança
constitucional que requer ao maioria qualificada na Câmara, ou menos 308
votos, para ser enviada ao Senado.
A votação desta terça ocorreu sem confrontos, apesar de o Congresso
registrar dois protestos nas mais de sete horas de duração da sessão.
Cerca de 300 servidores do Legislativo percorreram os corredores da
Câmara em um ato contra as reformas trabalhista e da Previdência. Do
lado de fora, aproximadamente 3.000 indígenas, segundo os organizadores
do ato, tentaram ingressar na sede do Legislativo sem a autorização.
Foram recebidos com bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta. Os
indígenas se manifestavam contra a paralisação na demarcação de terras e
propostas de alterações legislativas sobre esse tema.
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