O
deputado estadual Nélter Queiroz (PMDB) defende uma reforma ampla na
maneira como são distribuídos os recursos do estado, de modo que o Poder
Executivo possa cumprir com suas obrigações, como o pagamento do
funcionalismo público, e fazer investimentos em áreas consideradas
essenciais. Na avaliação do parlamentar, no modo atual, “não tem
governador que seja bom”.
“O dinheiro do estado é transferido aos
demais poderes. Como é que um estado pobre como o Rio Grande do Norte
tem de bancar a Justiça mais cara do Brasil?”, questiona o peemedebista,
que reclama dos repasses constitucionais ao Poder Judiciário e dos
salários pagos a juízes, desembargadores e promotores.
“Alguns
ganham R$ 130 mil, R$ 140 mil. E aí falta dinheiro para exames, para
cirurgias, para educação e segurança. É preciso reforma profunda”,
propõe Nélter. “O governo estadual tem que cuidar das suas obrigações.
Mas como conduzir uma administração sem dinheiro”, complementa.
De
acordo com o deputado, o que vem permitido ao Governo do Estado
executar determinados investimentos é o convênio com o Banco Mundial,
que financia projetos do Governo Cidadão, antigo RN Sustentável.
“Robinson [Faria] está sabendo usar esses recursos, pois o resto só vai
para os outros poderes. A ex-governadora Rosalba também teve acesso a
essa verba, mas ela foi tão incompetente que nem esse dinheiro ela
usou”, dispara.
Nélter também questiona a manutenção da
Universidade Estadual do Rio Grande do Norte, que abocanha fatia
significativa do orçamento para a educação no estado, cerca de R$ 20
milhões por mês. No ano passado, inclusive, o então presidente do
Tribunal de Justiça, desembargador Cláudio Santos, instaurou polêmica ao
sugerir que a entidade deveria ser privatizada para aliviar os cofres
do estado.
“Pela lei, o estado tem que bancar educação de nível
médio. Como é que um estado pobre como o Rio Grande do Norte banca uma
universidade estadual?”, afirma.
Devido a este problema
considerado por Nélter conjuntural, o peemedebista não avalia a
performance do governador Robinson Faria (PSD) à frente do Poder
Executivo. “O estado passa por dificuldades. Vivemos o maior desemprego e
a maior crise de água. Durante quatro anos do governo passado, não foi
feito concurso para botar um soldado de polícia nas ruas. Dessa forma, e
sem dinheiro, não tem governo que seja bem avaliado”, assinala Nélter.
PROJEÇÃO
Em contato com a reportagem, o deputado Nélter Queiroz evitou comentar as projeções para o pleito de 2018, quando deve concorrer à reeleição. Segundo ele, em meio à crise econômica que afeta as finanças do estado, este não é o momento de pensar em eleições. “Eu respiro o dia a dia, não respiro política. Estou preocupado é com a crise. Vamos aguardar o ano que vem, para saber quais serão as regras do jogo”, registra.
Em contato com a reportagem, o deputado Nélter Queiroz evitou comentar as projeções para o pleito de 2018, quando deve concorrer à reeleição. Segundo ele, em meio à crise econômica que afeta as finanças do estado, este não é o momento de pensar em eleições. “Eu respiro o dia a dia, não respiro política. Estou preocupado é com a crise. Vamos aguardar o ano que vem, para saber quais serão as regras do jogo”, registra.
No
entanto, Nélter manifestou descontentamento com a cúpula do seu partido,
o PMDB. “Eu não tenho contato com o presidente, e ele sabe por que eu
não falo com ele. Na hora que ele se pronunciar, eu posso falar alguma
coisa”, afirmou, revelando que recebe convites para deixar a legenda.
“Todo político tem o direito de mudar de partido. Muitos já mudaram recentemente. Eu sou eleito pelas minhas lideranças, não pelo partido. O PMDB não me deu um voto. E muitos já me convidaram para sair, mas até agora não defini nada. Eu não penso nisso neste momento”, concluiu.
“Todo político tem o direito de mudar de partido. Muitos já mudaram recentemente. Eu sou eleito pelas minhas lideranças, não pelo partido. O PMDB não me deu um voto. E muitos já me convidaram para sair, mas até agora não defini nada. Eu não penso nisso neste momento”, concluiu.
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