Gleisi Hoffmann disse também que o governo explodiu o Orçamento
A
senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) chamou a atenção para a notícia de que
alguns setores da economia já pensam em demitir trabalhadores e
contratar terceirizados e temporários. Isso, disse, significa que os
salários vão diminuir e poderão passar a ser mais baixos que o mínimo
previsto, tudo consequência da reforma trabalhista aprovada pelo
Congresso Nacional.
Ao mesmo tempo, lamentou Gleisi Hoffmann, as
grandes riquezas não são devidamente tributadas e os integrantes do
Ministério Público e do Judiciário querem aumento de 16% e 42%,
respectivamente.
— Não é possível nós querermos empobrecer mais o
Brasil. Que que tem na cabeça dessa gente. para que tanta concentração
de riqueza? Para que tanta concentração de dinheiro? Uma falta de
consideração com o país. Estão preocupados com o bolso deles, com o
umbigo deles. E se hoje nós temos violência no país é por causa da
brutal concentração de renda que esse país tem. A diferença entre ricos e
pobres. Um país que tributa o povo, que tributa o trabalhador e não
tributa grandes fortunas, que não coloca tributos sobre lucros e
dividendos”.
Temer
Gleisi Hoffmann disse
também que o governo explodiu o Orçamento, mas conseguiu livrar, depois
de decisão da Câmara dos Deputados, o presidente da República, Michel
Temer, do andamento de denúncia por crime de corrupção passiva no
Supremo Tribunal Federal.
Segundo ela, com base em informações
ainda não confirmadas, o governo teria gasto R$ 14 bilhões para
assegurar o quorum e os votos necessários para barrar o andamento da
ação.
E o que é pior, acrescentou Gleisi, é que muitos dos que
salvaram Michel Temer ajudaram a afastar a ex-presidente Dilma Rousseff
com o argumento de que o Brasil, com o impeachment, passaria a ter
responsabilidade orçamentária.
— E agora, o que nós estamos vendo?
O Orçamento está arrebentado, nossas universidades não terão condições
de funcionamento depois de setembro, a ciência e tecnologia está
desmontada, o Bolsa Família teve R$ 800 milhões de cortes e tem 500 mil
famílias para entrar [no programa social] e o governo não atesta nem
aprova. Mas gastaram cerca de R$ 14 bilhões, segundo estão dizendo aí,
para que os parlamentares apoiassem o Michel Temer.
Fonte: Agência Senado
Nenhum comentário:
Postar um comentário