A análise de centenas de notas fiscais que integram a prestação de
contas eleitorais dos 27 diretórios estaduais do PSL mostra que
a campanha de Jair Bolsonaro em 2018 foi mais cara do que a declarada
por ele à Justiça Eleitoral, além de ter sido financiada em parte por
dinheiro público, o que ele sempre negou ter usado.
Os documentos revelam que ao menos R$ 420 mil —parte dele, dinheiro
público do fundo eleitoral— foram usados para a confecção de 10,8
milhões de santinhos, adesivos, panfletos e outros materiais para a
campanha de Bolsonaro, isoladamente ou em conjunto com outros candidatos
do PSL.
O número pode ser maior, já que em algumas situações as notas fiscais
listam o material eleitoral produzido sem especificar quais candidatos
foram beneficiados. Esses R$ 420 mil equivalem a 17% de tudo o
que Bolsonaro declarou à Justiça como gasto de sua campanha, R$ 2,46
milhões.
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