De acordo com reportagem do Estado de S Paulo
Bahiafarma, Biomanguinhos, Butantan, Tecpar, Farmanguinhos, Furp e
outros são alguns dos laboratórios que integram a lista de laboratórios
públicos nacionais que tiveram a suspensão de projetos de Parcerias para
o Desenvolvimento Produtivo (PDPs), nos quais são fabricados
medicamentos para pacientes que fazem tratamento de câncer e diabete,
além de transplantados e distribuídos gratuitamente pelo Sistema Único
de Saúde (SUS).
No decorrer das últimas três semanas, o governo do presidente Jair
Bolsonaro, por meio do Ministério da Saúde, já suspendeu os contratos
com sete laboratórios públicos nacionais que produzem 19 medicamentos
distribuídos gratuitamente pelo SUS. Segundo as associações que
representam os laboratórios públicos existe um risco de desabastecimento
e calcula-se que mais de 30 milhões de pacientes que dependem dos 19
remédios.
Enquanto o órgão federal contesta a reportagem alegando que ‘ato de
suspensão” é por um período transitório”, enquanto ocorre “coleta de
informações”, um dos ofícios encaminhados, que o jornal teve acesso, a
informação de encerramento da parceria é evidente. Para Ronaldo Dias,
presidente da Bahiafarma e da Associação dos Laboratórios Oficiais do
Brasil (Alfob), esse ataque levará a um retrocesso para a indústria
nacional de medicamentos e um risco para a saúde de milhões de
pacientes, além de ressaltar que as PDPs funcionam como um regulador de
preço no mercado.
Além destes medicamentos que podem vir a faltar já se sabe do término do estoque de medicamentos para AIDS e Alzheimer
evidenciando mais um sintoma da completa destruição do SUS levada
adiante durante décadas pelo governo Federal e pelos estados, até a
chegada de Bolsonaro e de seu plano de desmontar o sistema completamente
e substituí-lo pela saúde privada, ou seja, pela morte de milhares de
trabalhadores pobres que não tem condição de comprar remédios ou pagar
um plano de saúde. É com estes ataques, que levam a precarização do SUS
ao extremo, que o Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, defendeu o fim da gratuidade do SUS em maio deste ano.
O governo Bolsonaro de conjunto, já deixou mais do que claro o quanto
está sob os mansos e desmandos do imperialismo, dos grandes
capitalistas e empresários, buscando rifar o país para a manutenção dos
lucros dos capitalistas. A precarização dos aparelhos públicos e dos
sistemas de saúde e educação, transportes, cultura e pesquisa científica
é uma parte fundamental de tal projeto. É a porta de entrada para a
terceirização e as privatizações, que degradam a vida da população em
diversos níveis.
Em outras palavras: os ataques não são separados e que, de conjunto,
mostram que querem nos fazer pagar com a nossa vida – da forma que for:
sem conseguir subsistir ou, quando se consegue, trabalhando em condições
precárias, exaustivas, se segurança e até a morte – uma crise que não é
nossa. É urgente que nossas vozes ecoem contra a reforma da
previdência, contra Bolsonaro e todos os ataques, deixando claro que a
partir da nossa organização que as nossas vidas valem mais que os lucros
deles e que nosso futuro não se negocia!
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