Suzane foi condenada pela participação 
no assassinato dos pais, o casal de empresários Manfred e Marísia von 
Richthofen, em outubro de 2002
A detenta Suzane von Richtofen, condenada a 39 anos de prisão pelo 
assassinato dos pais, foi classificada em oitavo lugar no Sistema de 
Seleção Unificada (Sisu) para o curso de Gestão em Turismo do Instituto 
Federal de Ciência, Tecnologia e Educação de São Paulo, unidade de 
Campos do Jordão, no Vale do Paraíba, interior paulista.
Suzane cumpre pena em regime semiaberto na Penitenciária Feminina de 
Tremembé, na mesma região. Ela concorreu a uma vaga no curso noturno e 
somou 608,42 pontos, 24 a menos que a candidata com a melhor pontuação. 
No total, 36 estudantes foram classificados. A escola é pública, 
vinculada ao Ministério da Educação.
A presa usou a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para 
obter a classificação. A direção do Instituto informou que o curso é 
presencial e as aulas acontecem entre 19 horas e 22h40 Suzane tem até o 
dia 4 de fevereiro para fazer a matrícula – as aulas começam no dia 5. A
 legislação brasileira prevê que os presos em regime semiaberto podem 
trabalhar e estudar fora da prisão. No caso do estudo, o retorno deve-se
 dar logo após o período de aulas.
Em 2016, quando a presa já estava no semiaberto, a justiça autorizou a
 jovem a frequentar o curso de Administração em universidade particular 
de Taubaté. Com medo do assédio, ela acabou desistindo. Em 2017, Suzane 
foi pré-selecionada para obter recursos do Fundo de Financiamento 
Estudantil (Fies) e fazer o curso em outra faculdade de Taubaté, mas não
 concluiu a matrícula. Trabalho e estudo fazem parte do processo de 
ressocialização do preso e também contam para a remição (desconto de 
dias) na pena.
Suzane foi condenada pela participação no assassinato dos pais, o 
casal de empresários Manfred e Marísia von Richthofen, em outubro de 
2002, em São Paulo. Desde que passou do regime fechado para o 
semiaberto, em 2015, a detenta é beneficiada com as saídas temporárias 
da prisão. Nos últimos dois anos, a defesa da jovem vem tentando sua 
progressão ao regime aberto, para cumprir o restante da pena fora da 
prisão. Suzane foi submetida a testes e, em 2018, a justiça negou o 
pedido. Um novo pleito está sendo analisado.
A Defensoria Pública de Taubaté informou que não se manifesta sobre o
 caso por estar em segredo de justiça. Procurado, o promotor do caso, 
Paulo José da Palma, do Ministério Público de Taubaté, não havia dado 
retorno até o encerramento da reportagem A Secretaria da Administração 
Penitenciária (SAP) informou que a autorização para Suzane frequentar a 
universidade depende da Justiça, que poderá definir uso ou não de 
monitoramento. Caso seja autorizada, o transporte deve acontecer por 
meio de recursos próprios da sentenciada. Procurada, a Vara de Execuções
 Criminais de Taubaté não se manifestou.
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