O MDB do Rio Grande do Norte participou do jantar com o ex-presidente Lula na residência do senador cearense Eunício Oliveira, no Lago Sul em Brasília, onde tratariam, na noite de ontem, do apoio à pré-candidatura do petista ao Palácio do Planalto nas eleições de outubro.
No
jantar, com alguns senadores do MDB e outras lideranças políticas,
esteve o presidente estadual do partido, deputado federal Walter Alves,
que é cotado para ser o companheiro de chapa da governadora Fátima
Bezerra (PT) dentro do acordo politico que está sendo costurado para
ampliar os apoios políticos a Lula na região Nordeste.
Também
participou da reunião o ex-governador e ex-senador Garibaldi Filho, que
na primeira semana de outubro de 2021 chegou a ser convidado a
participar de outro encontro com Lula liderado por Eunício Oliveira, ao
qual o político potiguar não pode comparecer.
Presidente
do MDB-CE, Eunício Oliveira diz que "há uma tendência natural" de apoio
a Lula, vez que o partido não pode passar pelo vexame de ir "mais uma
vez para um suicídio político".
Eunício
Oliveira refere-se a campanha presidencial de 2018, quando o então
ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, concorreu a presidente pelo
partido e teve pouco mais de 1,0% dos votos, “quando nós sabíamos que
ele não tinha a menor condição eleitoral”.
Oliveira teme que
mesma coisa ocorra com a senadora Simone Tebet (MDB-MT), embora não
questione a sua capacidade política: “Eu, como incentivador das mulheres
na política, gostaria muito que ela tivesse viabilidade
política-eleitoral".
Na campanha de 2018,
Oliveira disse que “encurtamos a bancada em quase 50% com uma
candidatura que nasceu já natimorta [a de Meirelles em 2018]. Apareceu e
terminou com 1,2% no final das eleições".
A
maioria dos presentes ao encontro era composta por parlamentares e
ex-parlamentares do MDB – partido que já lançou a pré-candidatura da
senadora Simone Tebet (MDB-MS) ao Palácio do Planalto.
Entre
os presentes, estavam os senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Paulo Paim
(PT-RS), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB),
Rogério Carvalho (PT-SE), Fabiano Contarato (PT-ES), Marcelo Castro
(MDB-PI), Humberto Costa (PT-PE), Rose de Freitas (MDB-ES), Omar Aziz
(PSD-AM), Jean Paul Prates (PT-RN).
O portal G1
informou que também compareceram os ex-governadores Renan Filho
(MDB-AL) e Wellington Dias (PT-PI); a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR),
presidente nacional do PT; o ex-senador Garibaldi Filho (MDB-RN); e o
ex-ministro do Meio Ambiente Sarney Filho.
Antecedente no RN
Em
visita a Natal na última semana de agosto do ano passado, o
ex-presidente Lula já havia manifestado, pessoalmente, a Garibaldi Filho
e Walter Alves, o desejo de vê-los no mesmo palanque na campanha
eleitoral de 2022 no Rio Grande do Norte.
Por
ocasião de sua vinda ao Rio Grande do Norte, Lula dizia que “não podia
pensar com o fígado” e precisava conversar de forma civilizada com as
forças políticas do país., como é que a gente vai mantar relações se
ganhar as eleições?“
Na época, Lula destacou o apoio que
recíproco que teve de Garibaldi Filho no Congresso Nacional. A
governadora Fátima Bezerra (PT) também participara do encontro, ocorrido
em um hotel, em Ponta Negra.
"Eu tive muitas relações com o MDB. Pretendo continuar tendo", dizia Lula.
O
debate em torno de uma eventual candidatura de Walter Alves a
vice-governador liderada por Fátima Bezerra, começou a ser debatida na
Executiva Estadual do Partido dos Trabalhadores, na noite de ontem e
deve se prolongar pela noite de hoje. “Não acredito que haverá grandes
decisões amanhã (hoje), terá mais encaminhamentos”, informou a deputada
Isolda Dantas (PT), que defendia a manutenção de uma aliança com o PC do
B e permanência do vice-governador Antenor Roberto na chapa
majoritária.
Na semana passada, Isolda Dantas
chegou a admitir apoio à ampliação da aliança com outros partidos, desde
que sejam preservas as pautas que o governo vem implantando no Estado
desde o início do mandato da governador, em janeiro de 2019.
Embora
não faça parte da Executiva Estadual, o deputado Francisco do PT como
membro do diretório partidário, defende a ampliação do leque de
alianças, como está ocorrendo em nível nacional sob a liderança de Lula.
Baleia Rossi e Temer discutem sobre candidatura
A
senadora Simone Tebet (MDB-MS) se reuniu ontem, em São Paulo com o
ex-presidente Michel Temer e o presidente do partido, Baleia Rossi. O
encontro serviu de contraponto ao jantar do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) com líderes do MDB em Brasília.
"Os
líderes emedebistas discutem os fatos que mostram o fortalecimento da
pré-candidatura de Tebet à Presidência da República pelo partido",
informou a assessoria do MDB. Os três estiveram reunidos no escritório
de Temer na capital paulista.
No domingo, em
sabatina da Brazil Conference, em Boston (EUA), Simone Tebet disse que
se sente preparada para liderar a candidatura presidencial organizada
pelo que chamou de "centro democrático". Na semana passada, MDB, PSDB,
Cidadania e União Brasil fecharam um acordo para lançar, em 18 de maio,
uma pré-candidatura única ao Palácio do Planalto.
No
entanto, acordos regionais do MDB são obstáculo para os planos do
diretório nacional de ter candidatura própria à Presidência. A
proximidade de emedebistas com Lula no Nordeste, como evidenciado mais
uma vez pelo jantar de ontem na casa de Eunício Oliveira, é o principal
entrave. Ao menos 13 diretórios regionais já indicaram que podem apoiar o
petista no primeiro turno da eleição de outubro.
O
senador Renan Calheiros (AL), que vai estaria presente no jantar com
Lula, disse ao Broadcast Político que o partido não pode repetir o que
ocorreu com Henrique Meirelles na eleição presidencial passada. O
ex-ministro da Fazenda concorreu em 2018 pelo MDB e recebeu apenas 1,2%
dos votos no primeiro turno. "Será uma conversa com senadores de vários
partidos sobre conjuntura e eleições", disse Renan. De acordo com ele,
foram convidados parlamentares do PT, MDB, Rede, PDT e PSD.
Renan e outros políticos do MDB defendem o apoio a Lula já no primeiro turno. "Acho que não havendo mudança na fotografia das pesquisas, não podemos repetir o que aconteceu com Meirelles, Marina e Alckmin, que tiveram votações inferiores a 3% e inviabilizaram as bancadas congressuais de seus partidos", afirmou o ex-presidente do Senado.
Com informações da Tribuna do Norte
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