O corpo de um homem encontrado no sábado (7) em veleiro à deriva, cerca de 26 quilômetros da costa de Natal, ainda não foi oficialmente identificado pelo Instituto Técnico-Científico de Perícia. A causa da morte também não foi determinada. Segundo o ITEP, documentos pessoais de um um homem de nacionalidade italiana foram encontrados no local. O corpo pode ser de Stéfano Magnani, 52 anos, mas para comprovar a informação é preciso DNA de algum familiar. Rino Bordogna, representante consular da Itália em Natal, confirmou que, pelo avançado estado de decomposição, um reconhecimento facial não foi possível.
De acordo
com a documentação encontrada, Stéfano Magnani é natural da cidade de
Bellaria-Igea Marina, região da Emília-Romanha e província de Rimini.
Atualmente, o local conta com cerca de 15.199 habitantes. O homem
trabalha como motorista, tem cabelo e olhos castanhos e 1,83m de
estatura. “Quem está fazendo essa busca na Itália é o Consulado de
Recife”, diz Rino. “É importante encontrar familiares para que uma
amostra de DNA possa ser colhida e comparar no ITEP. Dessa forma, vamos
saber com 100% de certeza se o morto é mesmo dono dos documentos
encontrados”.
Por meio de sua assessoria de
comunicação, o ITEP confirmou que a causa morte ainda não foi
determinada e, pelo avançado estado de decomposição, não foi possível
confirmar a identidade do corpo. Nesse caso, somente com análise de DNA
que, para comparação, precisa de amostras familiares. Enquanto o
Consulado tenta contato, o corpo segue no Instituto. “Esse trabalho é
feito de dois modos, primeiro contatamos a prefeitura de Bellaria-Igea
Marina.
Através da carta de identidade, esperamos que ele ainda more
naquela comuna, não sabemos se ele mudou e reside em outro local.
Depois, mandamos para o Carabinieri, que é a polícia italiana, para
auxiliar na busca”, explica Rino.
Foram encontrados no
veleiro: um passaporte (vencido); um diário; documentos do barco; cartas
náuticas; notas fiscais de serviços de reparos do barco e um GPS. Os
pertences estão em posse da Polícia Federal, que também atua no caso.
Entrevistado na manhã desta quarta-feira (11), Rino Bordogna disse que
estava na espera do envio de cópias desses itens que podem auxiliar na
identificação.
Em casos dessa natureza, a
parte da PF é apenas imigração, que está prejudicada momentaneamente,
uma vez que o Consulado ainda tenta confirmar com a família a
identificação do corpo encontrado. O órgão faz o controle migratório e
de embarcação de transporte na entrada e saída do país. “Estamos
acompanhando junto ao Consulado italiano, porque pressupõe-se que aquele
corpo encontrado seja da pessoa dos documentos a bordo.
Constatado isso
através do exame científico, a família vai se manifestar para que seja
feito todo esse procedimento de translado dos restos mortais”, informam
através de assessoria a Polícia.
Sobre os procedimentos após a
identificação, o representante consular pontuou que tudo depende da
causa da morte.
“Precisamos saber o motivo da morte, se foi falta de
água ou comida, algo natural. Se foi outra coisa, é importante saber.
Ontem à tarde, o ITEP ainda não tinha feito o relatório. Sei que
terminaram a necrópsia do corpo, mas normalmente demora três dias para
sair. Se for causa natural, o corpo provavelmente vai ser cremado devido
ao estado mas depende da família. Nesse caso, vamos intermediar entre
eles e uma funerária”, finaliza Rino Bordogna.
Marinha
Em
nota oficial, o Comando do 3º Distrito Naval da Marinha do Brasil
elucidou os acontecimentos da manhã do sábado passado (7). Ao tomar
conhecimento da embarcação, a Marinha iniciou de imediato uma operação
de socorro, coordenada pelo Salvamar Nordeste, para apoiar o veleiro que
foi rebocado por um barco pesqueiro nas proximidades. “No interior do
veleiro rebocado, foi encontrado um corpo não identificado.
O Instituto
Técnico-Científico de Perícia e a Polícia Federal foram acionados para a
realização dos procedimentos cabíveis”, informaram.
O veleiro
Mona-Mi F.S., encontra-se apoitado no Iate Clube de Natal, no bairro de
Santos Reis, zona Leste da cidade. Edson Fernandes, diretor social do
local, confirmou à reportagem que não foi dada uma previsão de quanto
tempo a embarcação ficará presa por lá.
Encontrado
à deriva por um grupo de pescadores, o veleiro tem parte da proa
destruída, bem como mastro e leme quebrados. Segundo uma funcionária do
clube, o relato dos pescadores conta que não havia água no veleiro,
apenas comida.
O corpo apresentava aspecto esquelético, por isso também
especulam que a embarcação devia estar naquele estado por cerca de 30
dias.
Da Tribuna do Norte
Nenhum comentário:
Postar um comentário