Após o aumento do preço da gasolina desta semana, e a reportagem 
publicada pela TRIBUNA DO NORTE, na qual revendores denunciam diminuição
 da distribuição de combustível para o RN, a Petrobras informou, por 
meio de nota, que vem cumprindo os “compromissos contratuais”. “Ao longo
 do mês de setembro está atendendo aos compromissos contratuais de 
gasolina junto às distribuidoras no estado do RN no polo de Guamaré”, 
disse a estatal.
De acordo com os revendedores, o aumento de R$ 0,50
 no preço do litro da gasolina em Natal, que tem causado indignação, 
seria culpa da Petrobras e da redução na quantidade distribuída desse 
combustível no Rio Grande do Norte. Quem aponta são distribuidores, que 
justificam a elevação de 10% no fato de que alguns postos estão 
precisando adquirir o produto fora do Estado. 
O
 Procon Natal constatou que os estabelecimentos fizeram reajustes 
abusivos. O aumentou chegou a 14%, muito acima do que a Petrobras 
costuma aplicar. Da segunda para a terça-feira (27) diversos postos 
aumentaram o preço da gasolina, por exemplo, da faixa dos R$ 4,79 para 
R$ 5,49. Ontem, mais postos seguiram na mesma linha e alteraram suas 
tabelas. Os revendedores culpam a distribuidora e sugerem que está 
havendo escassez dos insumos no mercado potiguar, de modo que são 
obrigados a comprarem em outros estados, encarecendo a operação.
 
Com
 relação aos preços, a Petrobras esclareceu que “desde julho foram 
realizadas quatro reduções consecutivas, em 20 e 29 de julho, em 16 de 
agosto, e em 2 de setembro”. “A redução acumulada no período foi de R$ 
0,78 por litro no preço de venda de gasolina A da Petrobras para as 
distribuidoras. Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e
 27% de etanol anidro, a redução foi equivalente a R$ 0,57 a cada litro 
de gasolina C vendida nos postos”, disse.
A 
estatal acrescentou que o preço final para o consumidor é fruto de 
diversas variáveis, “embora quase sempre se atribuam as variações dos 
preços de revenda à Petrobras exclusivamente”.
“Com relação aos 
preços percebidos pelo consumidor, é importante ressaltar que os preços 
de venda da Petrobras para as distribuidoras são apenas uma parcela dos 
preços percebidos nas bombas. Até chegar ao consumidor final ainda são 
adicionadas parcelas da mistura obrigatória de etanol anidro à gasolina A
 produzidas nas refinarias, custos e margens de distribuição e revenda, e
 tributos (desde junho de 2022 os tributos federais sobre a 
comercialização de gasolina foram zerados, sendo aplicado somente o 
tributo estadual, o ICMS). Dessa forma, os preços de venda da Petrobras 
para as distribuidoras respondem por apenas uma parcela do preço ao 
consumidor”, finalizou.
 
 TRIBUNA DO NORTE
 
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