sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

Promotor de Justiça do Acre fala sobre relação entre os fugitivos e o Comando Vermelho

O Promotor de Justiça do Acre, Bernardo Albano, concedeu entrevista à TV Tropical e comentou sobre a relação dos fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró com o Comando Vermelho, facção que Rogério Mendonça e Deibson Cabral fazem parte.

De acordo com ele, ainda não há confirmação de que os dois foram expulsos da facção. A briga entre eles e outros membros teria começado após a rebelião em um presídio de segurança máxima em Rio Branco.

"Essa informação ainda não está confirmada. Temos notícias de que teria havido divergência entre dois núcleos da facção, que seria relacionada a quais presos seriam executados. De certa forma, um dos grupos era do entendimento de que deveria se executar todos os presos que faziam parte da facção rival", explicou.

"O outro grupo entendia que deveria ser oportunizado aos presos a migração para o Comando Vermelho. Naquele momento [da rebelião] havia pouco menos de 30 presos de facções rivais naquele sistema carcerário. Ao fim da rebelião, cinco foram executados. Essa divergência, se seriam executados mais ou menos, que teria gerado uma cisão", completou.

Apesar de a mãe de Rogério ter dito que o filho não é perigoso, o promotor garantiu que os fugitivos são de alta periculosidade. "Tanto o Deibson quanto o Rogério foram pivôs dessa rebelião. Isso gerou a transferência de 14 integrantes do Comando Vermelho para o sistema federal. Eram de dois núcleos. Um mais gerencial e um operacional", destacou.

"Deibson e Rogério estavam nesse contexto de efetivamente realizar as primeiras ações de tomada de reféns que desencadearam a rebelião em Rio Branco. Então, são presos com extenso histórico criminal de crimes violentos, roubos, latrocínios, homicídios, ambos os presos são considerados de altíssima periculosidade", acrescentou o promotor.

Albano contou ainda que os homens são lideranças da organização, na parte operacional. "São criminosos voltados para crimes violentos do que para a gerência da facção. São lideranças intermediárias da facção, voltadas para a execução de crimes violentos. Dentro do contexto da rebelião que eles iniciaram, as ações começaram bem antes do dia em que a rebelião se iniciou", disse.

Segundo o promotor, os dois homens deram motivos para serem transferidos para o pavilhão de disciplina. "O Rogério teria desacatado um policial penal e, por conta disso, foi transferido para o pavilhão de disciplina. Já o Deibson foi encontrado com uma bituca de maconha. Provavelmente de forma intencional para transferência de pavilhão", encerrou.

 

 Portal da Tropical

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