sábado, 27 de novembro de 2010

Walfredo enfrenta pior crise dos últimos 30 anos

Do DN
O Hospital Walfredo Gurgel (HWG), referência no atendimento de urgência pelo SUS no Rio Grande do Norte, apesar de ter recebido o orçamento de R$ 2 milhões pelo governo do estado, na última quinta feira, 25, enfrenta a situação mais caótica dos últimos 30 anos. Essa é a informação da diretora geral da instituição Hélida Bezerra. A unidade de saúde vem enfrentando sérios problemas como a falta de recursos de modo geral, que vão desde material hospitalar básico - como gazes, fios para o fechamento de paredes abdominais, luvas, medicamentos, máscaras, antibióticos, soro e ataduras - até mesmo com a falta de leitos hospitalares e de equipes formadas por médicos e enfermeiros. A diretoria do hospital antecipa que essa situação não será resolvida como num passe de mágica.


Paciente é transportado em uma das alas da principal unidade de saúde do Rio Grande do Norte Foto: Ana Amaral/DN/D.A Press
Apesar de reconhecer a sensibilidade do governo para a destinação da verba ao HWG, a diretora informa que a aplicação do recurso suprirá as necessidades no período somente de até dois meses. "Nesse momento aguardamos o empenho dos fornecedores, que tem o prazo de até 30 dias, para a entrega dos materias que estão em falta" diz a médica Hélida Bezerra. Mesmo com a deficiência de materiais hospitalares, de acordo com o cirurgião geral Eduardo Ronald da Costa alguns avanços já foram observados. "Há meses não tínhamos nem luvas. Mas no último plantão de quinta-feira, já pude utilizar alguns materias básicos na urgência. Estamos passando por uma crise terrível e a população é que sofre com isso. Peço que as autoridades tenham um maior senso de humanidade" comenta o médico.

UTI

Além da estrutura física sofrer com a superlotação de pacientes, outra preocupação levantada pela a diretora geral é a possível rescisão do contrato dos médicos plantonistas da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), que atualmente possui 10 leitos "Os plantões são realizados por oito médicos da cooperativa médica e eles já demonstraram interesse em não continuar mais o serviço a partir de 1º de dezembro" informa a diretora.

Orçamento reduzido

Segundo a diretora geral da instituição, Hélida Bezerra, para manter a estrutura do HWG em funcionamento em níveis adequados, é estimado que o unidade receba investimentos de R$ 1 milhão mensais. Porém foi divulgado que o próximo governo prevê um orçamento geral para a área da saúde menor do que foi o de 2010. "Outros hospitais estão na mesma situação que o Wlafredo. Quando algum deles precisam de assistência, nós não negamos porque sabemos das dificuldades", comenta.

Atualmente o HWG aguarda o comparecimento de 25 médicos que já foram convocados no último concurso "Já foi publicado no Diário Oficial, mas eles tem o prazo legal de 30 dias - podendo ser prorrogado por mais 30 dias - para se apresentarem. Estamos aguardando por esses profissionais", comenta a médica.

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