Cerca de 21 mil pessoas vão participar hoje (31) da tradicional Corrida de São Silvestre, que ocorre há 86 anos em São Paulo. Segundo os organizadores, participarão da prova representantes de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal, além de corredores internacionais, representados principalmente pelos favoritos quenianos, entre eles, James Kwambai, atual bicampeão da prova.
Entre os destaques do Brasil na prova masculina estão o bicampeão Marílson Gomes dos Santos, Damião Ancelmo de Souza, que ganhou 11 das 17 provas de rua que disputou nesta temporada, e o mineiro Franck Caldeira, último campeão brasileiro da São Silvestre, em 2006. Pelo lado das mulheres, que representam pouco mais de 18% do total de inscritos para a prova, as atletas brasileiras favoritas ao título são Marily dos Santos, que conquistou a terceira posição no ano passado e Maria Zeferina Baldaia, vencedora em 2001.
Os pelotões de elite masculino e feminino terão 142 atletas, sendo 114 deles brasileiros. Na elite, os estrangeiros são provenientes do Quênia, da Tanzânia, Etiópia, do Marrocos, da Colômbia, do Uruguai, Chile e Equador. A história de muitos dos vitoriosos corredores brasileiros que fazem parte do pelotão de elite é semelhante: começaram a carreira sem investimento, contando com o talento e muita força de vontade. Um exemplo é Marily dos Santos, que trabalhou em lavouras em Alagoas e começou a correr por volta dos 17 anos, quando participou de sua primeira competição.
Mas, no início da carreira, ela corria sem patrocínio. “Comecei sem apoio nenhum. Eu mesma me patrocinei. Graças a Deus, quando comecei a fazer tempos mais baixos, surgiu o patrocínio. A gente tem que fazer o resultado primeiro para depois pegar [o patrocínio]”, disse ela, hoje (30), à Agência Brasil. “Todo mundo sabe que tem atletas carentes e é preciso começar a ajudá-los”.
Para o corredor Damião Ancelmo de Souza, o que falta para os atletas brasileiros, principalmente para os que estão começando na carreira, é investimento. “Eu investi muito na minha carreira, tirando da garganta e do pescoço para poder estar nesse nível. Hoje tenho patrocínio, mas, no início, foi muito difícil”, disse ele, comemorando o fato de as empresas atualmente estarem mais conscientes da importância de patrocinar atletas corredores.
No começo de suas carreiras, Damião Ancelmo de Souza e Marílson Gomes dos Santos contaram com o apoio das prefeituras das cidades onde moravam. No caso de Damião, algumas vezes, esse apoio se resumia a “uma ajuda de custo”, segundo ele próprio relata. “Não tinha patrocínio, mas tinha uma ajuda de custo, como alimentação e passagem”.
“Hoje sou privilegiado, estou num bom clube, tenho bons patrocinadores. Mas, até chegar a esse ponto, foi um longo caminho. É o que a maioria dos atletas enfrenta hoje no nosso país. Hoje posso participar das provas que quero, mas nem sempre acontece isso com os outros atletas”, afirmou Marílson. Para ele, essa situação poderia ser corrigida com investimentos públicos e privados.
“Estamos chegando perto de uma Olimpíada, o país já sediou um Panamericano também. [O que precisa] são investimentos para que os atletas possam aparecer e participar desses eventos grandiosos, não só no Brasil como lá fora também”, concluiu Marílson, que começou a correr com 12 anos de idade.
São Silvestre tem 15 quilômetros de percurso e terá início às 14h45, em frente ao prédio do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, com a largada dos cadeirantes. Cinco minutos depois é dada a largada para atletas com deficiência e, às 16h30, tem início a prova para a elite feminina. Às 16h47, a prova começa para a elite masculina e demais categorias.
Agência Brasil
Entre os destaques do Brasil na prova masculina estão o bicampeão Marílson Gomes dos Santos, Damião Ancelmo de Souza, que ganhou 11 das 17 provas de rua que disputou nesta temporada, e o mineiro Franck Caldeira, último campeão brasileiro da São Silvestre, em 2006. Pelo lado das mulheres, que representam pouco mais de 18% do total de inscritos para a prova, as atletas brasileiras favoritas ao título são Marily dos Santos, que conquistou a terceira posição no ano passado e Maria Zeferina Baldaia, vencedora em 2001.
Os pelotões de elite masculino e feminino terão 142 atletas, sendo 114 deles brasileiros. Na elite, os estrangeiros são provenientes do Quênia, da Tanzânia, Etiópia, do Marrocos, da Colômbia, do Uruguai, Chile e Equador. A história de muitos dos vitoriosos corredores brasileiros que fazem parte do pelotão de elite é semelhante: começaram a carreira sem investimento, contando com o talento e muita força de vontade. Um exemplo é Marily dos Santos, que trabalhou em lavouras em Alagoas e começou a correr por volta dos 17 anos, quando participou de sua primeira competição.
Mas, no início da carreira, ela corria sem patrocínio. “Comecei sem apoio nenhum. Eu mesma me patrocinei. Graças a Deus, quando comecei a fazer tempos mais baixos, surgiu o patrocínio. A gente tem que fazer o resultado primeiro para depois pegar [o patrocínio]”, disse ela, hoje (30), à Agência Brasil. “Todo mundo sabe que tem atletas carentes e é preciso começar a ajudá-los”.
Para o corredor Damião Ancelmo de Souza, o que falta para os atletas brasileiros, principalmente para os que estão começando na carreira, é investimento. “Eu investi muito na minha carreira, tirando da garganta e do pescoço para poder estar nesse nível. Hoje tenho patrocínio, mas, no início, foi muito difícil”, disse ele, comemorando o fato de as empresas atualmente estarem mais conscientes da importância de patrocinar atletas corredores.
No começo de suas carreiras, Damião Ancelmo de Souza e Marílson Gomes dos Santos contaram com o apoio das prefeituras das cidades onde moravam. No caso de Damião, algumas vezes, esse apoio se resumia a “uma ajuda de custo”, segundo ele próprio relata. “Não tinha patrocínio, mas tinha uma ajuda de custo, como alimentação e passagem”.
“Hoje sou privilegiado, estou num bom clube, tenho bons patrocinadores. Mas, até chegar a esse ponto, foi um longo caminho. É o que a maioria dos atletas enfrenta hoje no nosso país. Hoje posso participar das provas que quero, mas nem sempre acontece isso com os outros atletas”, afirmou Marílson. Para ele, essa situação poderia ser corrigida com investimentos públicos e privados.
“Estamos chegando perto de uma Olimpíada, o país já sediou um Panamericano também. [O que precisa] são investimentos para que os atletas possam aparecer e participar desses eventos grandiosos, não só no Brasil como lá fora também”, concluiu Marílson, que começou a correr com 12 anos de idade.
São Silvestre tem 15 quilômetros de percurso e terá início às 14h45, em frente ao prédio do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, com a largada dos cadeirantes. Cinco minutos depois é dada a largada para atletas com deficiência e, às 16h30, tem início a prova para a elite feminina. Às 16h47, a prova começa para a elite masculina e demais categorias.
Agência Brasil
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