Balanço parcial da 13ª Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe
informa que 6.470.896 pessoas se vacinaram, em todo o Brasil, até as
17h10 do sábado (30). O número representa 21,96% do público-alvo, que
é de aproximadamente 30 milhões de pessoas. A meta é vacinar 80% dessa
população (cerca de 24 milhões de pessoas) até o dia 13 de maio. As
informações são das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde e serão
consolidadas hoje segunda-feira (2).
Este ano, pela
primeira vez desde 1999, a campanha passou a incluir crianças de seis
meses a menores de dois anos (1 ano 11 meses e 29 dias), gestantes em
qualquer período da gravidez e trabalhadores dos serviços de saúde que
atuam no atendimento de pacientes e na investigação de casos de
infecções respiratórias. Além desses três grupos, serão vacinados os
idosos (pessoas com 60 anos e mais) e os povos indígenas.
A
população-alvo tem até 13 de maio para procurar um dos 33 mil postos de
vacinação do país nos horários de funcionamento dos serviços de saúde.
Neste sábado - "Dia D" contra a gripe - 65 mil postos ficaram
disponíveis à população. As pessoas devem procurar a Secretaria de Saúde
do seu município ou estado para se informar sobre a lista de postos,
bem como o endereço e o horário de funcionamento. Durante a campanha,
são mobilizados mais de 240 mil profissionais de saúde no país.
Promovida
por todo o Sistema Único de Saúde (SUS), incluindo Ministério,
Secretarias Estaduais e Municipais, a campanha utilizará 32,7 milhões de
doses, para todos os estados e municípios brasileiros. A vacina protege
contra os três principais vírus que circularam no hemisfério Sul em
2010, entre eles o da influenza A (H1N1).
A única
contraindicação é para pessoas com alergia severa à proteína do ovo ou a
doses anteriores da vacina. Na dúvida, um médico deve ser consultado. O
mesmo vale para pessoas com sintomas de gripe, que devem ser tratadas
antes de se vacinar.
Outra forma de prevenir a gripe é manter
hábitos simples de higiene, como lavar as mãos com freqüência, cobrir
nariz e boca com lenço descartável ao tossir ou espirrar e não
compartilhar alimentos e objetos de uso pessoal se estiver com sintomas
de gripe – febre, tosse, coriza, dor de cabeça e dor no corpo (músculos e
articulações).
Detalhamento dos grupos prioritários para vacinação contra gripe
IDOSOS
·
As infecções respiratórias constituem um conjunto de doenças comumente
relacionadas à população com 60 anos e mais, sendo o vírus da influenza
responsável por 75% dessas infecções.
· Desde 1999, a vacinação
desse grupo vem contribuindo para prevenir a doença e suas complicações,
além de causar impacto considerável: queda de 45% no número de
hospitalizações por pneumonias e redução de 60% na mortalidade entre os
residentes em casas de repousos e/ou asilos.
GESTANTES
· Não há nenhuma contraindicação à vacinação de gestantes, de acordo com a OMS.
·
A vacina é segura e está indicada para todas as grávidas,
independentemente do período de gestação. Se a grávida tiver alguma
dúvida, deve consultar o médico.
· Além disso, não há evidências
científicas de que a vacina possa causar dano ao feto, afetar a
capacidade reprodutiva da mulher ou provocar aborto.
· Durante a
pandemia de gripe A (H1N1), em 2009, as grávidas foram um dos grupos
mais afetados. Entre as mulheres em idade fértil que apresentaram
quadros graves de doença respiratória causada pelo vírus H1N1, 22%
estavam gestantes.
CRIANÇAS DE 6 MESES A MENOS DE 2 ANOS
·
Menores de 6 meses de idade não devem tomar a vacina porque não há
estudos que comprovem a qualidade da resposta imunológica, ou seja, a
proteção não é garantida.
· Por isso, os pais ou responsáveis
devem levar aos postos de vacinação crianças que tenham entre 6 meses e
dois anos incompletos (1 ano, 11 meses e 29 dias).
· As crianças
nessa faixa etária deverão receber duas meias doses da vacina, com
intervalo de 30 dias entre as doses. Por isso, os pais ou responsáveis
devem buscar os postos de vacinação para completar o esquema vacinal.
·
Assim como nos idosos, as infecções respiratórias constituem um
conjunto de doenças comumente relacionadas às crianças menores de 2
anos, sendo o vírus da influenza responsável por 75% dos casos.
INDÍGENAS
·
A população indígena que vive em aldeias é sempre considerada grupo
prioritário na prevenção de qualquer doença respiratória, seguindo
recomendação da Organização Mundial da Saúde.
· Isso decorre da maior vulnerabilidade biológica deles a essas doenças e à dificuldade de acesso a unidades de saúde.
· Por isso, o grupo é vacinado desde a primeira Campanha Nacional, em 1999.
· A vacinação dos indígenas é indiscriminada, a partir dos seis meses de idade.
TRABALHADORES DE SAÚDE
·
A vacinação desse grupo garante o funcionamento dos serviços de saúde.
Com os profissionais protegidos, estará assegurado o atendimento da
população.
· É importante reforçar que a vacina não está
disponível para todo e qualquer profissional de saúde, devendo ser
priorizadas para aqueles que atuam no atendimento e investigação de
casos de infecções respiratórias. São aqueles que, em razão das suas
funções, estão sob potencial risco de se infectar com os vírus
causadores da influenza.
· Esse grupo inclui os trabalhadores:
I. Da atenção básica (Estratégia Saúde da Família, agente de controle de endemias).
II.
Dos serviços de média e alta complexidade (pronto-socorros, Unidades de
Pronto Atendimento/UPA, hospitais de pequeno, médio e grande porte).
III. Que atuam na vigilância epidemiológica, especialmente na investigação de casos e em laboratórios.
· Assim, devem ser vacinados:
a)
Médicos e equipes de enfermagem que atuam em pronto atendimento,
ambulatórios e leitos em clínica médica, pediatria, obstetrícia,
pneumologia de hospitais de emergência e de referência para a influenza e
unidades de terapia intensiva.
b) Recepcionistas, pessoal de
limpeza, seguranças, motoristas de ambulâncias, maqueiros, equipes de
laboratório e de vigilância epidemiológica.
c) Pessoas que atuam no controle sanitário de viajantes em portos, aeroportos e fronteiras.
·
É importante que todos os trabalhadores busquem informação nos seus
locais de trabalho e na Secretaria de Saúde do seu município ou estado.
Portal da Saúde
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