A
presidente Dilma Rousseff assinou nesta quinta-feira (7) decreto que
permitirá que as rádios AM migrem para a banda FM. A permissão foi
anunciada durante evento no Palácio do Planalto pela presidente e pelo
ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. De acordo com o ministro, o
decreto pavimenta um “caminho próspero para o setor”, que via sua
audiência cair ao longo dos anos.
O
processo de migração não será obrigatório. Para mudar de faixa, as
rádios interessadas terão de comunicar interesse ao ministério a partir
de 1º de janeiro do ano que vem. Todo o trâmite deve durar de quatro a
cinco meses. A partir daí, o governo, por meio da Anatel (Agência
Nacional de Telecomunicações), vai verificar se há espaço para
encaixá-las na faixa FM.
Se em alguma região do país não houver
possibilidade de migrar todas as interessadas –o que pode ocorrer nas
grandes cidades, como São Paulo e Campinas– as empresas de rádio terão
de aguardar o processo de digitalização das TVs, que, segundo ministro,
deve demorar cerca de um ano e meio. Quando isso ocorrer, os canais 5 e
6, que hoje são de TV, poderão ser usados para transmissão das rádios
remanescentes desse processo de migração.
O ministro diz que essa medida será
capaz de atender a todos os interessados, uma vez que cada canal de TV
pode abrigar cerca de 20 estações de rádio. “Estimamos que 1.700 rádios
devem pedir a migração. Então vamos ter aí uma correria boa. Estamos
marcando a migração para janeiro para dar tempo de fazer o planejamento
todo”, disse.
Hoje, 1.772 emissoras operam na
frequência AM, segundo o governo. Elas estão divididas de acordo com o
alcance: local, regional ou nacional. O problema é que, por enquanto, os
rádios disponíveis no mercado não conseguem sintonizar essas novas
estações. Como essa faixa não era prevista para esse uso, os modelos
oferecidos atualmente no mercado ainda não a reconhecem. O Governo
informou que já iniciou diálogo com a indústria para que rádios
adaptados sejam lançados, com mesma variedade e valores semelhantes aos
vendidos hoje.
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