Brasília (ABr/AE) – A presidenta Dilma Rousseff e quatro ex-presidentes
da República embarcaram no início da tarde de ontem para a África do
Sul onde vão participar do funeral do ex-presidente sul-africano Nelson
Mandela. Pouco antes do embarque, a presidenta escreveu em sua conta no
microblog Twitter que “o Estado brasileiro se une para honrar Mandela” e
que “é uma honra reunir todos os ex-presidentes em um objetivo comum”. A
presidenta disse ainda que a atividade conjunta é uma demonstração de
que “as eventuais divergências no dia a dia não contaminam as posições
do Estado brasileiro”.
Roberto Stuckert filho/PRJosé Sarney, Lula da Silva, Dilma Rousseff e Fernando Henrique posam para fotos antes do embarque em Brasília
Fazem parte da comitiva os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso, Fernando Collor e José Sarney. Também integram o grupo o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, as ministras da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros; da Comunicação Social, Helena Chagas; e o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia.
Nesta terça-feira, será feita uma cerimônia nacional em memória de Mandela, no estádio de Soweto, em Johanesburgo. O corpo do ex-presidente ficará exposto na sede da presidência em Pretória, entre os dias 11 e 13. No dia 15, Mandela será sepultado na Aldeia de Qunu, no Sul do país, onde foi criado.
Segurança
Milhares de policiais sul-africanos estarão a postos para a cerimônia desta terça-feira em homenagem no estádio de futebol de Soweto. Membros do governo alertaram que as autoridades irão bloquear o acesso ao estádio se o número de pessoas for muito grande. O memorial ao líder sul-africano que se tornou um ícone na luta contra o apartheid deve lotar o estádio com capacidade para 95 mil pessoas. Entre os convidados estão dezenas de chefes de estado. A última aparição pública de Mandela foi no mesmo estádio, durante a cerimônia de abertura da Copa do Mundo de 2010.
O tenente-general Solomon Makgale, um porta-voz para o Serviço de Polícia Sul-Africano, disse que “milhares” de agentes da polícia irão direcionar o tráfego, proteger as pessoas e auxiliar os guarda-costas de autoridades visitantes. Makgale disse que há uma força-tarefa conjunta da polícia, de diplomatas e de oficiais do serviço de inteligência para auxiliar as delegações estrangeiras que planejam comparecer à cerimônia.
Ruas a vários quilômetros ao redor do estádio serão fechadas, e as pessoas terão que andar ou tomar transportes públicos para chegar ao estádio. Estádios próximos equipados com telões também serão abertos para acomodar o excesso de pessoas.
O Ministro do Governo Collins Chabane disse a jornalistas que não é possível estimar quantas pessoas comparecerão à cerimônia. “Uma vez que o número esteja se tornando insustentável, o acesso será negado”, disse ele.
Nenhum comentário:
Postar um comentário