A auxiliar de enfermagem Maria de Fátima da Silva, mãe do 
dançarino Douglas Pereira, o DG, disse ter sido ameaçada de morte na 
tarde desta segunda-feira, 28, quando caminhava na ciclovia da Lagoa 
Rodrigo de Freitas. O governo do Estado ofereceu à Fátima a 
possibilidade de ingressar no programa de proteção à testemunha.
Fátima
 contou que caminhava na ciclovia, quando percebeu um carro reduzindo a 
velocidade e se aproximando dela. Um homem branco, com uma tatuagem de 
dragão no braço, e olhos castanhos claros mostrou uma pistola para ela. 
"Cala a sua boca ou eu vou calar", teria dito o homem. 
Fátima
 assistiu a uma missa, em memória do seu filho, e em seguida foi à 13ª 
DP registrar queixa sobre a ameaça. O advogado Rodrigo Mondego, que 
acompanha o caso pela Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, disse que 
ainda vai conversar com Fátima sobre a oferta do governo do Estado.
A
 perícia realizada no Morro Pavão-Pavãozinho no dia seguinte à morte do 
dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, o DG, de 26 anos, apontou que
 houve tiroteio recente na favela, informou o delegado Gilberto Ribeiro,
 titular da 13ª Delegacia de Polícia (Ipanema). Os peritos encontraram 
marcas de tiros nas paredes dos dois lados de uma quadra esportiva, 
próximo ao local em que o dançarino participava de um churrasco. 
Moradores acusam os policiais da Unidade de Polícia Pacificadora de 
terem feito os disparos. Para o delegado, a perícia é indício de que 
houve confronto com traficantes.
O delegado enviou 50 
cápsulas de projéteis da PM para análise no Instituto de Criminalística 
Carlos Éboli, para serem comparadas com uma cápsula deflagrada e a ponta
 de uma bala recolhida nas proximidades do local em que DG foi 
encontrado morto. Ambas são de calibre ponto 40, de uso exclusivo das 
polícias, mas a munição também é utilizada por criminosos.
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