O publicitário Eduardo Tadeu Pinto Martins, 47,
suspeito da morte do zelador Jezi Lopes de Souza, disse à polícia que a
esposa, a advogada Ieda Cristina Martins, de 42 anos, não teve
participação no crime. Ela foi solta e deixou o 89º DP (Portal do
Morumbi) na noite desta terça-feira (3).
Em depoimento gravado
por policiais na casa do casal em Praia Grande, o publicitário diz que a
morte do zelador foi acidental e aconteceu após uma discussão entre os
dois.
“Ele bateu a quina no batente da porta mesmo, bateu e já
caiu nós dois para dentro do apartamento. Quando ele caiu, eu fechei a
porta. Aí fui lá, olhei os sinais vitais dele, se já estava morto."
A
polícia cientifica realizou perícia no apartamento do publicitário na
madrugada desta quarta-feira (4) para saber como aconteceu o crime. Uma
arma com sangue foi encontrada na casa da Praia Grande, o publicitário
foi preso. A suspeita, segundo a polícia, é que ele tenha usado a arma
para bater na cabeça do zelador.
Policiais realizam perícia no apartamento do
casal Eduardo Tadeu Pinto Martins e Ieda Cristina Martins, suspeitos da
morte do zelador Jezi Lopes de Souza
"Ela
[Ieda] ia chegar, a gente ia fazer o trabalho de escola do meu menino.
No domingo, nós saímos e eu falei para ela: 'ó, preciso resolver um
problemas'. E aí eu vim para cá [Praia Grande]."
O caso
O
zelador desapareceu no prédio onde trabalhava na Casa Verde (zona
norte) na sexta-feira (30). As imagens de segurança do condomínio
mostram que, por volta das 15h30, o zelador desceu em um dos andares
para entregar cartas, mas não retornou nem pelo elevador nem pelas
escadas.
Ainda segundo o registro policial, uma moradora do 11º
andar disse ter ouvido uma discussão em um apartamento do mesmo andar,
cujo morador, segundo ela, não teria um bom relacionamento com o
zelador.
As câmeras internas do prédio mostram que, por volta das
17h, esse morador do 11º andar e a esposa arrastaram uma mala e um saco
grande até um Logan preto. Questionado pela polícia, o morador admitiu
não ter uma boa relação com o zelador, mas negou que tenha acontecido
algo de errado entre eles naquele dia.
Os policiais vasculharam o
apartamento do casal e encontraram mala e sacos similares aos exibidos
pela gravação do prédio. Mas verificaram que dentro deles havia roupas e
tênis. Depois, desceram com a mulher até o estacionamento e verificaram
que dentro do automóvel do casal estava uma mala parecida com as da
filmagem, mas dentro delas também só tinham roupas.
Indagados
pelos policiais, os dois moradores contaram que tinham ido levar as
roupas para uma igreja, mas retornaram porque ela estava fechada no dia.
Os policiais informaram na delegaia que não visualizaram nenhum sinal
de violência no apartamento do casal ou no veículo.
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