No
segundo turno das eleições de 2014, 19 dos 26 candidatos que disputam o
governo de 12 estados e no Distrito Federal respondem a processos na
Justiça, de acordo com um relatório da ONG Transparência Brasil. Dos 162
concorrentes ao cargo de governador no primeiro turno, 63 sofriam algum
processo na Justiça e nos Tribunais de Contas no início da campanha
eleitoral e seis deles foram eleitos. Os candidatos com processos,
aponta o levantamento, tiveram mais sucesso na disputa: 39,7% foram
eleitos ou passaram para o segundo turno. Entre os candidatos que não
deviam nada à Justiça, apenas 16,2%, ganharam ou se elegeram.
Entre
os 19 processados que disputam o ‘tira-teima’ eleitoral, 10 foram
condenados em algumas instâncias ou tiveram contas julgadas irregulares.
Alguns estados têm os dois candidatos do segundo turno respondendo a
processos. É o caso do Amapá, com Waldez (PDT) e Camilo Capiberibe
(PSB); Distrito Federal, com Jofran Frejat (PR) e Rollemberg (PSB);
Goiás, com Iris Rezende (PMDB) e Marconi Perillo (PSDB); Mato Grosso do
Sul, com Delcídio do Amaral (PT) e Reinaldo Azambuja (PSDB); Paraíba,
com Cássio Cunha Lima (PSDB) e Ricardo Coutinho (PSB); Rio Grande do
Sul, com Ivo Sartori (PMDB) e Tarso Genro (PT); e Rondônia, com Expedito
Júnior (PSDB) e Confucio Moura (PMDB).
As
acusações contra os candidatos, em sua maioria, são de improbidade
administrativa, mas há ainda ações sobre enriquecimento ilícito
(Henrique Eduardo Alves, do PMDB-RN), captação ilícita de votos
(Expedito Júnior, do PSDB-RO) e desordem eleitoral (Eduardo Braga, do
PMDB-AM), entre outros casos. O candidato ao governo do Rio Luiz
Fernando Pezão (PMDB) figura com ações e uma condenação por improbidade
administrativa.
Ainda
de acordo com o relatório, os candidatos já eleitos ou em segundo
turno, têm muito mais recursos que os derrotados no primeiro turno: as
medianas dos bens declarados são, respectivamente, R$ 979.024, R$
1.689.630 e R$ 335.250. Entre os dez mais ricos que disputaram o cargo
de governador, seis não foram eleitos e quatro estão no segundo turno.
Blog do Gilberto Dias
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