A senadora Fátima Bezerra (PT/RN) participou, no início da tarde daquarta-fira (25), do ato em defesa da Petrobras, realizado em Brasília.
Fátima Bezerra criticou a postura da oposição e de alguns setores do
país que tem criticado uma das maiores empresa do país. “Nós vamos
defender SIM a Petrobras. Atacar a Petrobras é atacar a soberania
nacional. Defender a Petrobras é defender o povo brasileiro e seus
trabalhadores, e disso não abriremos mão. É preciso separar o joio do
trigo, aqueles que prejudicam a imagem da empresa precisam ser punidos,
por outro lado, precisamos valorizar aqueles que lutam pelo
fortalecimento da Petrobras. Temos certeza de que a Petrobras e seus
trabalhadores sairão fortalecidos desta campanha contra nossa maior
empresa brasileira”, disse Fátima.
O ato desta quarta-feira deu continuidade a série de atos em defesa
da Petrobras no país. Ontem (24), na sede da Associação Brasileira de
Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro, movimentos sociais, artistas,
intelectuais e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se uniram em
defesa da empresa no ato “Defender a Petrobras é defender o Brasil”,
realizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Federação Única
dos Petroleiros (FUP).
Lula criticou o ataque que a mídia e a oposição tem feito, que é
convencer a população que a Petrobras é uma empresa que deve ser
privatizada por causa de uma pequena parcela de corruptos que não
representa o quadro de funcionários da empresa. “Eles continuam fazendo
hoje o mesmo que sempre fizeram a vida inteira, que é criminalizar antes
de se ter um julgamento sério”, afirmou.
No ato do Rio de Janeiro, também foi lançamento um manifesto. Confira abaixo a íntegra do manifesto:
DEFENDER A PETROBRAS É DEFENDER O BRASIL
Há quase um ano o País acompanha uma operação policial contra evasão
de divisas que detectou evidências de outros crimes, pelos quais são
investigadas pessoas que participaram da gestão da Petrobrás e de
empresas fornecedoras. A ação institucional contra a corrupção tem firme
apoio da sociedade, na expectativa de esclarecimento cabal dos fatos e
rigorosa punição dos culpados.
É urgente denunciar, no entanto, que esta ação tem servido a uma
campanha visando à desmoralização da Petrobrás, com reflexos diretos
sobre o setor de Óleo e Gás, responsável por investimentos e geração de
empregos em todo o País; campanha que já prejudicou a empresa e o setor
em escala muito superior à dos desvios investigados.
A Petrobrás tem sido alvo de um bombardeio de notícias sem adequada
verificação, muitas vezes falsas, com impacto sobre seus negócios, sua
credibilidade e sua cotação em bolsa. É um ataque sistemático que, ao
invés de esclarecer, lança indiscriminadamente a suspeita sobre a
empresa, seus contratos e seus 86 mil trabalhadores dedicados e
honestos.
Assistimos à repetição do pré-julgamento midiático que dispensa a
prova, suprime o contraditório, tortura a jurisprudência e busca
constranger os tribunais. Esse método essencialmente antidemocrático
ameaça, hoje, a Petrobrás e suas fornecedoras, penalizadas na prática,
enquanto empresas produtivas, por desvios atribuídos a pessoas físicas.
Ao mesmo tempo, o devido processo legal vem dando lugar ao tráfico
seletivo de denúncias, ofensivo à consciência jurídica brasileira, num
ambiente de obscuridade processual que propicia a coação e até o
comércio de testemunhos com recompensa financeira. Na aparente busca por
eficácia, empregam-se métodos que podem – isto, sim – levar à nulidade
processual e ao triunfo da impunidade.
E tudo isso ocorre em meio a tremendas oscilações no mercado global
de energia, num contexto geopolítico que afeta as economias emergentes, o
Brasil, o Pré-Sal e a nossa Petrobrás.
Não vamos abrir mão de esclarecer todas as denúncias, de exigir o
julgamento e a punição dos responsáveis; mas não temos o direito de ser
ingênuos nessa hora: há poderosos interesses contrariados pelo
crescimento da Petrobrás, ávidos por se apossar da empresa, de seu
mercado, suas encomendas e das imensas jazidas de petróleo e gás do
Brasil.
Historicamente, tais interesses encontram porta-vozes influentes na
mídia e nas instituições. A Petrobrás já nasceu sob o ataque de
“inimigos externos e predadores internos”, como destacou a presidenta
Dilma Rousseff. Contra a criação da empresa, em 1953, chegaram a afirmar
que não havia petróleo no Brasil. São os mesmos que sabotaram a
Petrobrás para tentar privatizá-la, no governo do PSDB, e que combateram
a legislação do Pré-Sal.
Os objetivos desses setores são bem claros:
– Imobilizar a Petrobrás e depreciar a empresa para facilitar sua captura por interesses privados, nacionais e estrangeiros;
– Fragilizar o setor brasileiro de Óleo e Gás e a política de conteúdo local; favorecendo fornecedores estrangeiros;
– Revogar a nova Lei do Petróleo, o sistema de partilha e a soberania brasileira sobre as imensas jazidas do Pré-Sal.
Para alcançar seu intento, os predadores apresentam a Petrobrás como
uma empresa arruinada, o que está longe da verdade, e escondem do
público os êxitos operacionais. Por isso é essencial divulgar o que de
fato aconteceu na Petrobrás em 2014:
– A produção de petróleo e gás alcançou a marca histórica de 2,670 milhões de barris equivalentes/dia (no Brasil e exterior);
– O Pré-Sal produziu em média 666 mil barris de petróleo/dia;
– A produção de gás natural alcançou 84,5 milhões de metros cúbicos/dia;
– A capacidade de processamento de óleo aumentou em 500 mil barris/dia, com a operação de quatro novas unidades;
– A produção de etanol pela Petrobrás Biocombustíveis cresceu 17%, para 1,3 bilhão de litros.
E, para coroar esses recordes, em setembro de 2014 a Petrobrás
tornou-se a maior produtora mundial de petróleo entre as empresas de
capital aberto, superando a ExxonMobil (Esso).
O crescente sucesso operacional da Petrobrás traduz a realidade de
uma empresa capaz de enfrentar e superar seus problemas, e que continua
sendo motivo de orgulho dos brasileiros.
Os inimigos da Petrobrás também omitem o fato que está na raiz da
atual vulnerabilidade da empresa à especulação de mercado: a venda, a
preço vil, de 108 milhões de ações da estatal na Bolsa de Nova Iorque,
em agosto de 2000, pelo governo do PSDB.
Aquela operação de lesa-pátria reduziu de 62% para 32% a participação
da União no capital social da Petrobrás e submeteu a empresa aos
interesses de investidores estrangeiros sem compromisso com os objetivos
nacionais. Mais grave ainda: abriu mão da soberania nacional sobre
nossa empresa estratégica, que ficou subordinada a agências reguladoras
estrangeiras.
Os últimos 12 anos foram de recuperação e fortalecimento da empresa. O
País voltou a investir em pesquisa e a construir gasodutos e
refinarias. Alcançamos a autossuficiência, descobrimos e exploramos o
Pré-Sal, recuperamos para 49% o controle público sobre o capital social
da Petrobrás.
O valor de mercado da Petrobrás, que era de 15 bilhões de dólares em
2002, é hoje de 110 bilhões de dólares, apesar dos ataques
especulativos. É a maior empresa da América Latina.
A participação do setor de Óleo e Gás no PIB do País, que era de
apenas 2% em 2000, hoje é de 13%. A indústria naval brasileira, que
havia sido sucateada, emprega hoje 80 mil trabalhadores. Além dos
trabalhadores da Petrobrás, o setor de Óleo e Gás emprega mais de 1
milhão de pessoas no Brasil.
É nos laboratórios da Petrobrás que se produz nosso mais avançado
conhecimento científico e tecnológico. Os royalties do petróleo e o
Fundo Social do Pré-Sal proporcionam aumento significativo do
investimento em Educação e Saúde. Este é o papel insubstituível de uma
empresa estratégica para o País.
Por tudo isso, o esclarecimento dos fatos interessa, mais do que a
ninguém, aos trabalhadores da Petrobrás e à população brasileira,
especialmente à parcela que vem conquistando uma vida mais digna.
Os que sempre tentaram alienar o maior patrimônio nacional não têm
autoridade política, administrativa, ética ou moral para falar em nome
da Petrobrás.
Cabe ao governo rechaçar com firmeza as investidas políticas e
midiáticas desses setores, para preservar uma empresa e um setor que
tanto contribuíram para a atração de investimentos e a geração de
empregos nos últimos anos.
A direção da Petrobrás não pode, nesse grave momento, vacilar diante
de pressões indevidas, sujeitar-se à lógica dos interesses privados nem
agir como refém de uma auditoria que representa objetivos conflitantes
com os da empresa e do País.
A investigação, o julgamento e a punição de corruptos e corruptores,
doa a quem doer, não pode significar a paralisia da Petrobrás e do setor
mais dinâmico da economia brasileira.
É o povo brasileiro, mais uma vez, que defenderá a empresa construída
por gerações, que tem a alma do Brasil e simboliza nossa capacidade de
construir um projeto autônomo de Nação.
Pela investigação transparente dos fatos, no Estado de Direito, sem dar trégua à impunidade;
Pela garantia do acesso aos dados e esclarecimentos da Petrobrás nos meios de comunicação, isentos de manipulações;
Pela garantia do sistema de partilha, do Fundo Social e do papel estratégico da Petrobrás na exploração do Pré-Sal;
Pela preservação do setor nacional de Óleo e Gás e da Engenharia brasileira.
Defender a Petrobrás é defender o Brasil – nosso passado de lutas, nosso presente e nosso futuro.
Defender a Petrobrás é defender o Brasil – nosso passado de lutas, nosso presente e nosso futuro.
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