O estudante estava desaparecido desde a sexta-feira passada e o corpo foi encontrado em terreno baldio na Grande Natal
Centenas de pessoas, entre familiares, amigos e colegas
universitários se reuniram na manhã desta segunda-feira, no cemitério de
Nova Descoberta, para as últimas homenagens ao estudante caicoense
Máximo Augusto Medeiros de Araújo, 23 anos, encontrado morto na manhã de
ontem, em uma estrada carroçável no distrito Jacobina, entre os
municípios de Macaíba e São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal.
Durante a missa de corpo presente foi cantado o hino de Nossa Senhora de
Santana, padroeira de Caicó. Não houve velório.
Após as orações, houve uma grande salva de palmas no fechamento da
sepultura. A emoção era visível no semblante de todos, alguns diziam
ainda não acreditar na tragédia. Afinal, foi nessa mesma data, há 19
anos, que a irmã do estudante morreu em um acidente de carro. Ela faria
aniversário nesse dia.
Segundo a corretora de seguros, Jaqueline Araújo, amiga da família, a
sociedade natalense precisa fazer urgentemente um manifesto contra a
violência, não só pelo assassinato do estudante, mas pela onda crescente
de homicídios que vem ocorrendo na capital. “Tem que haver um clamor de
todos para combater essa insegurança. Antes, Natal era considerada uma
cidade tranquila, com noites agradáveis e diversão garantida. Hoje, você
não pode ir a uma boate e restaurante, pois não sabe se volta para
casa”, criticou.
Um dos amigos de Máximo, o caicoense Cristiano Marcondes, também se
disse preocupado com a violência no RN. Ele lembra que crimes de
latrocínio e homicídio aumentaram em todo o RN. “Por ser capital, a
situação aqui é pior, mas Mossoró e Caicó não ficam atrás. É morte todo
santo dia, principalmente com jovens. Ninguém sabe aonde isso vai
parar”.
O estudante do 4º período de administração de empresas foi visto pela
última vez na madrugada da sexta-feira passada, quando saía da boate
Vogue, em Candelária. De acordo com as informações da irmã de Máximo à
polícia, um homem segurando um capacete teria entrado no veículo do
jovem (Palio branco de placas OWC-8357). O segurança achou estranho e
perguntou ao estudante se estava tudo bem, tendo uma confirmação
positiva em seguida.
No mesmo dia, familiares sentiram falta de Máximo, mas não conseguiam
a comunicação com ele pelo celular, pois estava desligado. Após
procurá-lo nos hospitais e até no ITEP, resolveram prestar um Boletim de
Ocorrência na Delegacia de Plantão da zona Sul. Uma campanha nas redes
sociais foi iniciada no intuito de localizar o estudante.
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