A Odebrecht gastou 500 mil reais para reformar o sítio de Lula. Só em materiais.
Ela disse à Folha de São Paulo:
“A gente diluía esse valor total em notas para várias empresas, mas para mim todas elas eram Odebrecht”.
Os pagamentos, segundo ela, eram feitos em dinheiro vivo:
“Eu lembro que o Quico [apelido do engenheiro da Odebrecht] ligava
para um outro senhor, que orientava sobre como era para fazer as notas.
Eu não tinha o telefone, o endereço, nada desse outro senhor. Só sabia
que na sexta-feira às três horas da tarde ele passava lá para pagar. Os
pagamentos giravam em torno de R$ 75 mil a 90 mil por semana, em
dinheiro vivo.
Era uma mala que tinha outros valores também para pagar para os
pedreiros, serventes, etc. Ele ia tirando envelopes de papel pardo. Dava
para ver que tinha uma organização na mala para ser rápido, pagar o
pessoal em ir embora. Ele só fazia isso”.
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