Com a frustração de receitas e a dificuldade de cumprir a meta fiscal
deste ano, o governo suspendeu o reajuste do Bolsa Família acima da
inflação previsto para entrar em vigor em julho o Ministério do
Desenvolvimento Social, responsável pelo pagamento do benefício,
informou que o Bolsa Família não será reajustado neste momento.
Originalmente,
a ideia era dar aumento de 4,6% no benefício, acima da inflação oficial
acumulada em 3,6% nos últimos 12 meses Segundo apurou a reportagem,
além da escassez de recursos, uma ala do governo considerou que a crise
política “esconderia” o anúncio do aumento. A média do Bolsa Família é
de R$ 182 por família.
Em maio, o ministro do Desenvolvimento
Social, Osmar Terra, disse ao Broadcast, serviço de notícias em tempo
real do Grupo Estado, que o reajuste sairia em julho, dentro de um
grande pacote de bondades do governo Temer. “Vai ter reajuste em julho
acima da inflação. É uma decisão. Tem que ver quanto vai ser a inflação
em 12 meses para a gente poder fixar o valor”, disse. Na época, o
ministro informou que o programa contava com orçamento de R$ 30 bilhões e
que a cifra já previa o dinheiro para bancar o reajuste.
A área
econômica, no entanto, dissuadiu o presidente a reajustar o benefício em
meio às discussões de medidas para conter os gastos e aumentar as
receitas, inclusive com a possibilidade cada vez maior de aumento de
impostos para cumprir a meta de déficit de R$ 139 bilhões.
Nenhum comentário:
Postar um comentário