terça-feira, 6 de março de 2018

Acusada de participar de quadrilha de assalto a bancos que recebia o Bolsa Família é solta

Reprodução / Facebook
Lúbia Gorgete é acusada de integrar quadrilha de roubo a banco em MT
A Justiça revogou a prisão preventiva da manicure Lúbia Camilla Pinheiro Gorgete, de 26 anos, e de outros cinco acusados de participar de uma quadrilha de assalto a bancos, em Mato Grosso e outros estados. Lúbia era beneficiária do Bolsa Família e ostentava na web com fotos de viagens e carros de luxo.
Para o juiz Marcos Faleiros, da 7ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá, autor da decisão dada no dia 27 de fevereiro, a jovem e os outros cinco acusados têm residência fixa e condições de arrumar um trabalho.
“Ficou demonstrado que os acusados são primários, possuem residência fixa no distrito da culpa e há possibilidade de constituir emprego lícito”, argumenta, na decisão.
Ela foi presa duas vezes, no ano passado. A primeira vez, em maio, e a segunda, em junho. Na primeira vez, ela conseguiu a prisão domiciliar ao alegar que precisava cuidar dos filhos, mas depois foi identificado que ela não tinha a guarda das filhas, que moravam com a avó.
Na decisão do dia 27 de fevereiro, o juiz Marcos Faleiros, da 7ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá, determinou que ela e os outros beneficiados com a sentença sejam monitorados com o uso de tornozeleira eletrônica.
“Expeça-se o competente alvará de soltura, mediante a imposição de medida cautelar fixada, colocando-os em liberdade, salvo se por outro motivo justificar a manutenção da prisão”, determinou.
Lúbia estava presa na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, em Cuiabá.
Os seis acusados junto com outras nove pessoas, que, no entendimento do magistrado, devem continuar presas devido ao grau de periculosidade. “Comprovou-se que os acusados exerciam intensas atividades ilícitas de furtos qualificados a bancos, com a subtração de expressivos valores”, diz.
Já sobre a manicure e os outros cinco acusados Thassiana Cristina de Oliveira, Jurandir Benedito da Silva, Diego dos Santos, Kaio da Silva Nunes Teixeira e Hian Vitor Oliveira Cavalcante, o juiz afirma que, apesar dos fortes indícios da participação na organização criminosa, entende que as prisões devem ser revogadas.
A quadrilha teria assaltado pelo menos 10 agências bancárias e causado prejuízo de R$ 5 milhões.
No ano passado, a Justiça determinou o bloqueio de até R$ 2 milhões da conta bancária de Lúbia. O valor é referente a R$ 1,2 milhão roubados de uma agência bancária em Cuiabá, e os outros R$ 800 mil, foram furtados de um banco em Poconé, a 104 km de Cuiabá.

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