Por maioria de 3 a 1, a Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal)
decidiu encaminhar trechos da delação da Odebrecht que citam o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro petista Guido
Mantega para a Justiça Federal em Brasília, tirando-os da alçada do juiz
Sergio Moro, de Curitiba.
Os ministros atenderam a petições dos advogados de Lula e de Mantega,
que sustentaram que trechos dos depoimentos dos delatores da
empreiteira não têm relação com o esquema criminoso na Petrobras, e,
portanto, não devem ficar sob responsabilidade de Moro.
Votaram
nesse sentido os ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo
Lewandowski. O relator da Operação Lava Jato no STF, Edson Fachin, foi
vencido. Segundo ele, a remessa a Moro se justificava devido à aparente
conexão entre os fatos delatados e os investigados em Curitiba. O
ministro Celso de Mello não estava na sessão.
Os trechos das delações, segundo o pedido da defesa de Lula,
referem-se a vários eventos conhecidos, como as negociações para compra
de um terreno para o Instituto Lula (que teriam se dado em São Paulo), a
influência de Lula para aprovar linhas de crédito para obras em Angola e
um pedido dele para a Odebrecht construir um estádio de futebol em São
Paulo.
Atendendo a outro pedido de Mantega sobre investigações que
envolvem a planilha "Pós-Itália", registrada no "setor de propinas" da
empreiteira, a Segunda Turma decidiu remeter trechos da delação do
ex-executivo Fernando Migliaccio para a Justiça Eleitoral em Brasília.
Com informações da Folhapress.
Nenhum comentário:
Postar um comentário