Adriano Machado/Reuters 
Familiares e amigos de vítimas 
do rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, participaram de uma 
roda de oração na noite dessa terça (29), na entrada da cidade da Grande
 BH. Com velas, os familiares cantaram e se emocionaram. Muitos choravam
 e se abraçaram -uma senhora chegou a desmaiar.
O grupo se reuniu em torno do monumento escrito "Brumadinho", na avenida
 que dá acesso à cidade. No local foram colocadas velas, flores e fotos 
das vítimas, além de uma bandeira de Minas Gerais e uma do Brasil. 
Também há uma pichação de "Vale assassina" no monumento.
Camila Amorim, 29, membro da igreja católica local, foi quem 
organizou a oração pelas redes sociais. A intenção foi que os familiares
 recebessem apoio e solidariedade.
Ao final, ela discursou dizendo
 ser preciso demonstrar amor pro Brumadinho. "É aqui que a gente ama, 
aqui que a gente vai ficar. Que ninguém mais acabe com a nossa cidade".
Ana Paula Rezende, 42, participou da oração. Ela perdeu amigos e 
conhecidos, como quase todos na cidade. "Foi bom para mostrar que 
Brumadinho está unido, que a cidade não acabou", disse à reportagem.
Segundo
 ela, há uma imagem de que a cidade não tem futuro e está completamente 
destruída. Na verdade, apenas casas em bairros mais afastados do centro 
foram arrastadas pela lama.
"A lama não chegou aqui. E mais do que
 nunca vamos precisar de turistas. Nova York não acabou depois do 11 de 
Setembro", afirmou.
"Está na hora de entender que é preciso acabar com a mineração", 
concordou Juliana Brasil, 45, defendendo outras fontes de recursos para a
 cidade. "Estamos vivendo um luto", completou.
Juliana é arte terapeuta e tem buscado ajudar familiares de vítimas 
com florais, cromoterapia e reiki. Nesta quarta (30), ela visitará casas
 no Córrego do Feijão, a região mais atingida, oferecendo a terapia. 
Com
 informações da Folhapress.

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