Alan Santos/PR - Flickr Palácio do Planalto
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O
presidente Jair Bolsonaro (PSL) anunciou nesta quarta-feira (6) que vai
processar José de Abreu, 72. Apoiador histórico do PT e crítico do atual
governo, o ator se proclamou no último dia 25 de fevereiro presidente
do Brasil.
Na manhã desta quarta, Abreu escreveu no Twitter: "Alo,
@jairbolsonaro, seu meteoro chegou! Sou eu, seu fascista!". Minutos
depois, Bolsonaro respondeu ao ator: "Estamos processando alguns e este
'meteoro' será o próximo!".
E o ator rebateu: "Venha, fascista!
Não tenho medo de você! Você é um tigre de papel, perdeu a arma, a moto e
foi humilhado por um ladrãozinho!".
Desde que se declarou
presidente do país, Abreu tem publicado mensagens sobre as suas decisões
como governante. Uma delas é soltar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva para que ele possa "assumir o Ministério dos Justos".
Por sua vez, Bolsonaro se envolveu em algumas polêmicas neste
Carnaval. Na terça (5), ele publicou no Twitter uma mensagem afirmando
que há dois artistas o acusando de querer acabar com o Carnaval -uma
referência à música "Proibido o Carnaval", de Daniela Mercury e Caetano
Veloso.
"Ei, ei, ei, tem gente ficando doida sem a tal lei
Rouanet. Nosso Carnaval não está proibido, mas com dinheiro do povo não
será mais permitido", dizia o trecho da marchinha postada pelo
presidente.
Por meio de uma carta, a cantora lamentou que o
governante não tenha entendido o funcionamento da lei e se colocou à
disposição para explicar como funciona o passo a passo da norma. "Usei
muito pouco de verba pública de impostos da Lei Rouanet em cada projeto
que tive aprovado", escreveu.
Ao que Bolsonaro rebateu,
classificando como "piada" a oferta de Daniela. "Quanto a possibilidade
de receber 'artista renomado' que já se beneficiou da referida [lei],
para discuti-la, no mínimo, não passa de uma piada", escreveu.
O
presidente também tem sido criticado por publicar no Twitter um vídeo de
uma cena que causou polêmica no Carnaval paulistano. Um homem aparece
dançando sobre um ponto de táxi após introduzir o dedo no próprio ânus.
Na sequência, surge outro rapaz que urina na cabeça do que dançava.
Em
sua publicação, Bolsonaro diz que não se sente "confortável em
mostrar", mas argumenta que tem "que expor a verdade para a população
ter conhecimento e sempre tomar suas prioridades. É isto que tem virado
muitos blocos de rua no Carnaval brasileiro. Comentem e tirem suas
conslusões [conclusões]".
Nos comentários à publicação do
presidente, críticos de Bolsonaro e até mesmo alguns que se identificam
como apoiadores dele têm lamentado a iniciativa de publicar o vídeo.
Posteriormente, Bolsonaro disse por meio de nota que não pretendia
criticar o Carnaval de forma genérica. "Não houve intenção de criticar o
Carnaval de forma genérica, mas sim caracterizar uma distorção clara do
espírito momesco, que simboliza a descontração, a ironia, a crítica
saudável e a criatividade da nossa maior e mais democrática festa
popular", diz texto divulgado nesta quarta pelo Palácio do Planalto.
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