A população de Suzano, a 57
quilômetros de São Paulo, amanheceu hoje (14) questionando o por quê do
massacre na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em que morreram dez
pessoas e há 11 feridos. A quinta-feira feira será um dia de despedidas.
Estão previstos velórios e enterros.
A cidade, com mais de 1,3 milhão de habitantes, se prepara para o
luto oficial de três dias e o velório coletivo na Arena Suzano, no
Parque Max Feffer. Cinco estudantes foram assassinados pelos atiradores
Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25
anos, além de duas funcionárias da escola, o tio de um dos responsáveis
pelo ataque e duas pessoas que passavam pela rua.
Amanhã (15), por
orientação da prefeitura, os educadores se reunirão para definir as
ações que serão tomadas com os 26 mil alunos das escolas públicas
municipais. O objetivo é adotar medidas para combater a violência e o
assédio moral no esforço de estabelecer a cultura de paz.
Equipes de psicólogos vão apoiar o trabalho. Eles se colocaram à
disposição, ao lado de assistentes sociais, psiquiatras, enfermeiros e
terapeutas ocupacionais, para ajudar os amigos e parentes das vítimas.
Só ontem cerca de 200 pessoas passaram pelo local.
Para a
Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, o crime foi
meticulosamente organizado. Os jovens atacaram, primeiro, Jorge Antônio
Moraes, tio de um deles, em uma locadora. Depois, roubaram um carro e
saíram em disparada na direção da escola. No colégio, eles entraram e
partiram para os ataques.
Segundo as investigações, os atiradores
utilizaram um revólver calibre 38, uma besta (espécie de arma antiga que
se assemelha ao arco e flecha) e uma machadinha. Eles só pararam quando
se viram cercados pela polícia e sem saída. Neste momento, um dos
jovens atirou no outro e depois se matou.
De acordo com os
policiais, Guilherme Taucci Monteiro e Luiz Henrique de Castro estudaram
no colégio, que se transformou em palco da tragédia. Eles moravam perto
de uma das vítimas, que sobreviveu, e próximo à escola.
O secretário de Educação de São Paulo, Rossieli Soares, disse que
Guilherme Monteiro estudou no colégio até 2017 e não havia registro de
mau comportamento ou qualquer tipo de dificiuldade. Mas, no ano passado,
ele abandonou o colégio e estava sendo acompanhado para retornar à sala
de aula.
Com informações do Notícias ao Minuto.
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