Uma
mistura de dor e revolta marcam esta segunda-feira (20), dia de velório
e sepultamento do corpo da professora de dança Gislâne Cruz do
Nascimento, 26 anos, morta em acidente grave na Avenida Omar O´Grady,
conhecida como prolongamento da Prudente de Morais, na manhã do domingo
(19). A dançarina e rainha do carnaval de Parnamirim em 2019 seguia como
passageira de motorista de aplicativo quando o carro foi atingido por
outro veículo na contramão.
O
pai de Gislâne Cruz, Jailson Wanderley, espera justiça pela morte da
filha, mas está desacreditado na punição. “Minha filha era espetacular.
Espero justiça, mas é difícil acreditar que isso vai acontecer. A
Justiça deveria levar isso como se fosse um assassinato, mas a lei não
trata assim. A pessoa que pega um carro bêbado e dirige dois quilômetros
na contramão e faz isso, um cara desse é um assassino, um tremendo
assassino”, ressaltou.
O
carro que invadiu a faixa contrária e provocou o acidente era conduzido
por Josias Teixeira de Morais, 62 anos, oficial de justiça do TJRN, que
foi preso em flagrante por dirigir alcoolizado. O oficial de justiça
fez o teste de bafômetro e foi preso.
Gislâne
Cruz tinha uma carreira artística. Era professora de dança formada pela
UFRN e ensinava nos colégios Salesianos de Natal e Parnamirim. As
escolas decretaram luto oficial, as aulas estão suspensas nesta
segunda-feira nas duas escolas, e o corpo da professora foi velado na
capela do Salesiano Dom Bosco, em Nova Parnamirim. Familiares,
professores e alunos prestam as últimas homenagens à professora Gis,
como era carinhosamente conhecida, desde a noite de domingo (19).
Às
10h da manhã desta segunda-feira (20), o corpo da professora foi
sepultado no cemitério parque Vila Flor, no município de Macaíba, Região
Metropolitana de Natal.
OP9
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