sábado, 7 de setembro de 2019

Cidadania: em tempos de eleição qualquer um vira cidadão de primeira classe.


Ontem(sexta 06/09) pela manhã quando me deslocava para Assu, ao passar em frente aos Correios, não pude deixar de notar o amontoado de gente em busca de realizar uma simples (ou que deveria ser) ação corriqueira, que é sacar seu salário. Era perceptível que havia gente que tinha madrugado. Pude notar uma quantidade considerável de idosos da zona rural, que por sinal, caso não esteja com estradas trafegáveis, é um deslocamento bem desgastante, o que aumenta ainda mais o sofrimento. O fechamento do BB de nossa cidade (Santana do Matos), foi uma política pública implementada por Michel Temer (MDB), e, só possível graças a sete dos oito deputados que apoiaram o golpe, sendo que muito desses tiveram votação em Santana.

O que quero dizer é que, o público que ali estava deveria estar gozando da sua terceira idade, descansando de uma vida dedicada ao trabalho duro na roça, marcada pela inchada, debaixo de um sol de rachar! Eu não gosto de pensar assim, pois toda generalização é estúpida, porém, outro dia escutei o seguinte: "As eleições são uma prática social construída pelos dominantes para criar a ilusão de que o povo decide alguma coisa. Aí se prepara a ignorância, a desinformação, pra não haver condições de discernimento. Depois colocam a culpa da merda, feita por esses farsantes que eles chamam de "políticos", no próprio povo. Vocês que votaram errado."

Nesse caso, muito me parece que nosso valor condiz com aquele dito popular: "seu valor enquanto cidadão é somente a cada quatro anos." Mas sei que o problema não é a política, mas sim quem usa da mesma para obter vantagens próprias. Arrisco afirmar que nunca foi tão necessário nessas terras, termos consciência de classe, pois do contrário, em um tempo não tão longe, seremos privados de tudo.

Por: Romário Santos, graduando em História pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN 


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