Reprodução/TV Globo
O goleiro Bruno Fernandes de
Souza, condenado a 20 anos e 9 meses pelo assassinato e ocultação de
cadáver da modelo Eliza Samúdio, não é mais jogador do Poços de Caldas. O
time da terceira divisão mineira anunciou que houve um comum acordo
entre as partes para que o contrato do atleta fosse rescindido, após ele
jogar por 45 minutos, em dois meses de vínculo, e sair com salários
atrasados.
O presidente do clube do Sul de Minas, Paulo César Silva, confirmou a
decisão e disse que o salário do jogador era incompatível com a
realidade do Poços de Caldas. Ele ainda lamentou o fato de o goleiro não
ter conseguido jogar mais vezes pela equipe.
"Em dois meses de
contrato, ele jogou 45 minutos. Para o clube bancar um contrato de um
jogador para ele não jogar, fica difícil. O atleta não estava contente
também por ser um clube menor, então a gente decidiu rescindir",
explicou o presidente, em entrevista ao site Superesportes. "O clube
atrasou o salário dele e ele não estava contente", completou.
Paulo
César preferiu se esquivar ao ser questionado se a contratação de Bruno
foi positiva sob o ponto de vista do marketing. Quando o nome do
goleiro foi anunciado, muitos torcedores criticaram o dirigente. "Não
teve como fazer avaliação porque o atleta não jogou. A gente não
conseguiu nem avaliar", disse o dirigente.
Condenado pelo crime
contra Eliza Samúdio e também por cárcere privado de seu filho,
Bruninho, em junho de 2010, Bruno conseguiu no dia 18 de julho a
progressão para o regime semiaberto e a exigência do juiz para lhe dar a
autorização de sair do presídio era a de que ele trabalhasse.
O
Poços de Caldas foi o segundo clube de Bruno nos últimos dois anos.
Anteriormente, ele havia defendido o Boa, na segunda divisão do
Campeonato Mineiro, e disputou cinco partidas, nas quais acumulou duas
vitórias, dois empates e uma derrota.
Antes de ser condenado à prisão, Bruno se destacou com a camisa do
Flamengo, pelo qual se tornou ídolo e foi campeão brasileiro em 2009,
além de ter conquistado os títulos cariocas de 2007, 2008 e 2009. Ele
brilhou pela equipe carioca depois de ter iniciado a sua carreira
profissional no Atlético-MG, clube que defendeu de 2002 a 2006, ano em
que se transferiu para o time rubro-negro e no qual ficou até 2010.
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