Foto arquivo Lotérica Santana do Matos
O presidente Jair Bolsonaro disse na noite desta sexta-feira (22) que
já conversou com o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre a extensão
do auxílio emergencial pago a trabalhadores informais e autônomos para
além do período inicial de assistência, de três meses, mas com uma
diminuição do valor de repasse.
"Conversei com o Paulo Guedes que nós vamos ter que dar uma
amortecida nisso aí. Vai ter a quarta parcela, mas não de R$ 600. Não
sei quanto vai ser, R$ 300 reais, R$ 400. E talvez tenha a quinta,
talvez seja de R$ 200 reais ou R$ 300. Até para ver se a economia pega",
destacou o presidente em entrevista à rádio Jovem Pan.
De acordo com o Bolsonaro, o governo não pode "jogar para o espaço"
mais de R$ 110 bilhões gastos com a assistência, e alertou para os
impactos das despesas na trajetória da dívida pública do país.
Na última terça-feira, em reunião com empresários, Guedes havia
admitido a possibilidade de prorrogação, por um ou dois meses, do
auxílio. O valor, no entanto, seria de R$ 200.
O secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, indicou na
quinta-feira que o prolongamento do pagamento, uma das principais
iniciativas do governo para o enfrentamento dos efeitos econômicos da
pandemia do Covid-19, deve ter como baliza o valor pago pelo Bolsa
Família. O auxílio emergencial é hoje de R$ 600. Já o benefício médio no
âmbito do Bolsa Família é de cerca de R$ 190.
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