O Instituto Butantan afirmou nesta quinta-feira que as declarações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com críticas à China afetam a liberação de insumos pelas autoridades daquele país. O governador João Doria (PSDB), em evento para liberação de lote de cerca de 1 milhão de doses da Coronavac, também disse que as afirmações geraram mal-estar na diplomacia chinesa.
Em um novo ataque à China, o presidente Jair Bolsonaro sugeriu na quarta-feira que o país asiático teria se beneficiado economicamente da pandemia e afirmou que a covid pode ter sido criada em laboratório — ecoando tese que não encontra respaldo em investigação da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre as possíveis origens do vírus.
Dimas Covas explicou que a próxima liberação de insumos teve a data de autorização adiada do dia 10 para o dia 13. O volume inicial seria de 6 mil litros, agora a expectativa é de 2 mil litros. Para ele, as mudanças não são da produção da Sinovac e, sim, determinadas pelas autorizações das autoridades chinesas.
"Pode faltar [insumos]? Pode faltar. E aí nós temos que debitar isso principalmente ao nosso governo federal que tem remado contra", disse Covas.
Ele acrescentou ainda que há várias informações mentirosas e mirabolantes no discurso do presidente, citando que teria havido uma fabricação do vírus.
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