Foto: Myke Sena / Ministério da Saúde / CP
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta quinta-feira, 13, que pessoas não vacinadas contra a Covid-19 são responsáveis pelas internações em hospitais e unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Na cerimônia de recebimento da primeira remessa de doses pediátricas da Pfizer, ele atestou a segurança do imunizante, mas destacou que a decisão de vacinar compete aos pais das crianças.
O Brasil recebeu nesta quinta, uma primeira remessa de 1,2 milhão de doses de vacinas da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos. Ao todo, o País deve receber 4,3 milhões de doses em janeiro e 20 milhões até o final de março.
“As vacinas da covid foram desenvolvidas em tempo recorde. Isso é fruto do esforço da ciência dos pesquisadores e da indústria farmacêutica”, falou o ministro no Centro de Distribuição do Ministério da Saúde em Guarulhos. “Assistimos nos últimos seis meses a uma queda significativa de óbitos, fruto da campanha de vacinação.”
Ele destacou que gestores da saúde enfrentam um novo desafio com a variante Ômicron, visto que a cepa tem “transmissão muito maior” que as demais variantes. “Muitos têm relatado que ela causa formas menos impactantes (da doença), sobretudo nos vacinados. Mas aqueles que se internam nos hospitais e nas unidades de terapia intensiva, a grande maioria são indivíduos não vacinados”, pontuou ao incentivar que brasileiros busquem a segunda dose e a de reforço.
“Países que estão mais fortemente vacinados, como Brasil, têm mais possibilidade de passar pela variante Ômicron e outras variantes que por acaso surjam”, continuou. Nesse sentido, Queiroga frisou que a nova cepa é de preocupação, mas não de “desespero”.
Queiroga reforçou, ao menos duas vezes, que a decisão de vacinar os mais novos é dos pais e mães. “Até o que sabemos no momento, há segurança atestada não só pela Anvisa, mas por outras agências regulatórias para aplicação dessas vacinas”, apontou.
Ele ainda reconheceu que, nos Estados Unidos, onde mais de 8 milhões de crianças receberam doses pediátricas da Pfizer, não houve relato de efeito adverso grave. “Em todas as campanhas de vacinação em massa, há eventos adversos relacionados à vacina. E nós vamos ficar observando esses eventos adversos, juntamente a própria Anvisa e a própria indústria farmacêutica para fazer as possíveis correções de rumo”, disse.
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