Depois de mais de 30 anos de história, nove álbuns de estúdio, mais de cinco milhões de unidades vendidas, três álbuns gravados ao vivo e 25 inserções em trilhas sonoras de novelas, a banda Skank vem se despedindo dos palcos em uma turnê por todo o Brasil. O grupo, formado por Samuel Rosa (guitarra e voz), Henrique Portugal (teclado), Lelo Zaneti (baixo) e Haroldo Ferretti (bateria), anunciou a separação em 2019.
A turnê de despedida precisou ser adiada pela pandemia, mas, desde que foi retomada, vem reunindo multidões de fãs e esgotando ingressos em todas as capitais visitadas. Segundo o grupo, a despedida final será em março de 2023. Em Natal, o último show acontece esta semana na Arena das Dunas.
Em entrevista ao Novo, a banda revelou que o adeus definitivo não é certo. “Nossa decisão de parar é baseada na vontade de cada um de seguir um caminho novo. Uma carreira tão longa como a nossa, precisa de um descanso. Tenho mais tempo de vida dentro do Skank do que fora da banda. Acredito que toda mudança faz a gente dar um passo à frente. Nada impede que a gente se reúna um dia, mas também pode ser que não. Encaramos como um ciclo que se fechou”, disse o tecladista Henrique Portugal.
Ainda segundo Henrique, após o término da turnê, todos devem continuar na música. No entanto, cada um com seu próprio projeto. “Sem dúvida, vamos seguir na música como já temos feito paralelamente ao Skank. Cada um de nós tem seus projetos paralelos, com outros artistas, mas sempre na música. Acredito que nós entendemos que chegou a hora de cada um devolver, individualmente, para a música tudo o que ela nos deu durante todos esses anos”, contou.
Sobre as músicas que mais marcaram a história do Skank, Portugal disse que a escolha seria injusta com todas as outras obras do grupo. “São muitos os singles que fazem parte da vida dos fãs, da nossa carreira e que nos levaram a tantos lugares. Cada música teve sua importância na história da banda e construiu o que somos hoje”, afirmou.
Último show em Natal
O último show da banda Skank na capital potiguar acontece na próxima sexta-feira (10), a partir das 20h na Arena das Dunas, e terá abertura da banda Uskaravelho e um pocket show de Diogo das Virgens.
Para a despedida, Henrique Portugal adiantou que o público potiguar pode esperar um repertório selecionado de grandes clássicos da banda. “Escolher o repertório dessa turnê talvez tenha sido a parte mais difícil, mas também a mais gostosa. Então, o público pode esperar um set list com um número bem considerável de músicas. A cada show, em cada cidade, vamos alternando algumas canções. Além disso, a gente sempre pede para o público pedir músicas na hora”, finalizou.
Os ingressos estão à venda na loja Graciosa do Shopping Midway Mall e pelo site Ticket360.
Mais de 30 anos de sucesso
O Skank teve início em 1991, em Belo Horizonte, com a ideia de transportar dancehall jamaicano para o pop brasileiro. Lançou o primeiro álbum de forma independente e o sucesso underground despertou o interesse da poderosa Sony Music que, com a banda, inaugurou no Brasil o selo Chaos.
Seu segundo disco, “Calango” (1994), foi explosivo: mais de 1 milhão de cópias vendidas e sucessos emplacados como “Jackie Tequila” e “Te Ver”.
A cada novo álbum, a banda foi consolidando sua identidade. O disco “O Samba Poconé” foi o passaporte para apresentações na França, Estados Unidos, Chile, Argentina, Suíça, Portugal, Espanha, Itália e Alemanha.
Depois, o single “Garota Nacional” foi sucesso no Brasil e liderou por três meses a parada espanhola em sua versão original, em português, faixa que integrou a caixa “Soundtrack for a Century”, marcando os 100 anos da Sony Music.
Anos depois, o grupo representou o Brasil no álbum “Allez! Ola! Olé!”, da Copa do Mundo de 1998. Desde então, o quarteto continuou lançando discos e emplacando hits como “Resposta”, “Saideira”, “Balada do Amor Inabalável”, “Acima do Sol”, com meio milhão de cópias vendidas, entre outros.
Por
Julia Galvão
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