A suspensão do Programa do Leite em alguns municípios potiguares gerou debates entre deputados estaduais na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. A distribuição do laticínio foi interrompida temporariamente em 22 cidades. A medida foi tomada esta semana pela Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social (Sethas) por falhas operacionais na empresa responsável pela distribuição.
A sessão plenária desta quarta-feira foi palco de intensos debates entre os deputados Divaneide Basílio (PT) e José Dias (PSDB).
“Nosso mandato tem responsabilização com a segurança alimentar e essa questão já foi dialogada com um governo. Há um vídeo aonde a secretária Íris, da Sethas, esclarece que é uma suspensão parcial, que não está ocorrendo em todos os municípios e que se deve a uma adequação de um dos laticínios”, explicou Divaneide Basílio.
Segundo a Sethas, a paralisação foi necessária para que a indústria adeque os equipamentos da sua linha de produção às normas sanitárias a fim de proteger a saúde da população de 22 municípios.
Divaneide afirmou que a medida foi necessária e a secretária deu uma resposta ágil ao problema a fim de que as comunidades não fossem prejudicadas. “Ter a coragem de dizer que a laticínio não entregou produto de boa qualidade e exigir que ele entregue é uma responsabilidade, é um compromisso correto cobrar mais qualidade e foi uma resposta dada a contento e rápida”, afirmou ela.
Já o deputado José Dias sugeriu ainda que o Governo do Estado deveria buscar uma alternativa para reverter essa decisão.
“Essa decisão é não ter noção da necessidade das pessoas que tomam esse leite. Sem contar que essa suspensão implica prejuízo para o produtor, perda de emprego para os trabalhadores e, como consequência, venda ou perda das matrizes”, analisou.
A suspensão do programa afeta 7.229 famílias, de acordo com a Sethas. Cada família inscrita no programa tem direito a receber 5 litros de leite por semana. De acordo com o governo, um laudo do Instituto de Defesa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Idiarn) constatou “inadequação nas instalações” da indústria contratada para fornecer o leite para os municípios.
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