A Polícia Federal, em conjunto com a Marinha do Brasil, deflagrou no último sábado (11) a Operação Albina, resultando na apreensão de um veleiro transoceânico de mesmo nome, ancorado no Iate Clube de Natal. A embarcação estava registrada como produto de roubo nos sistemas de repressão à criminalidade transnacional.
A ação tinha como objetivo identificar e desarticular uma organização criminosa envolvida no roubo e reintrodução de embarcações no mercado internacional. A operação foi desencadeada com base em trabalhos de inteligência resultantes de informes internacionais, em colaboração com a Marinha do Brasil e o Iate Clube de Natal.
Conforme as investigações, a embarcação apreendida, originalmente registrada como "Mischief" na Croácia, teria sido alugada por turistas russos. Estes, no entanto, assumiram o controle da embarcação, modificaram suas características e a rebatizaram como "Albina". Documentos de propriedade e matrícula falsos foram confeccionados na Rússia para validar a mudança de identidade da embarcação.
O veleiro partiu do Marrocos em direção ao Brasil, atracando em Natal no dia 20 de setembro passado, com apenas dois tripulantes a bordo - um capitão russo e um marinheiro lituano. Após permanecerem no país por cerca de uma semana, os estrangeiros deixaram o território nacional por via aérea. Posteriormente, a embarcação passou a ser habitada por uma mulher natural da Letônia.
Durante a fiscalização, constatou-se que partes do veleiro apreendido apresentavam similaridades com a embarcação roubada em águas croatas. Em virtude disso, o veleiro foi apreendido por ter ingressado em território nacional com documentação ideologicamente falsa.
A ação foi conduzida com o cumprimento de um mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça Federal no Rio Grande do Norte. A estrangeira que estava a bordo está agora proibida de deixar o território nacional.
Inicialmente, os envolvidos responderão pelos crimes de uso de documentos ideologicamente falsos às autoridades brasileiras, receptação, organização criminosa e até mesmo lavagem de dinheiro. As investigações continuam em cooperação com a Interpol e a Europol, visando desmantelar completamente a rede criminosa envolvida nesse esquema internacional de roubo e reintrodução de embarcações.
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