Vinte e dois dias depois de uma mulher levar o tio a uma agência do banco Itaú em Bangu (zona oeste do Rio) para fazer um empréstimo com ele já morto no momento da assinatura da documentação, na última quarta-feira, 8, uma senhora de 60 anos morreu ao sofrer um mal súbito no mesmo local.
A mulher chegou à agência pouco antes das 13h, sem problemas de saúde aparentes. Assim que entrou, sentiu-se mal. "Todos os protocolos de emergência foram imediatamente acionados, incluindo socorro médico", afirmou o banco, em nota.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado, mas, quando chegou, a mulher já estava morta. A agência foi fechada, "em respeito à vítima, clientes e colaboradores", segundo o Itaú. "Os funcionários foram acolhidos e receberão todo apoio psicológico necessário", concluiu o banco.
Tio Paulo
Em 16 de abril, Érika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, foi à mesma agência levando em uma cadeira de rodas o tio Paulo Roberto Braga, de 68 anos, para fazer um empréstimo em nome dele no valor de R$ 17 mil.
Durante o atendimento, Érika conversava normalmente com Braga, que não esboçava nenhuma reação. O Samu foi chamado e constatou que o idoso estava morto.
Ela foi presa - em 2 de maio deixou a prisão, para responder a processo em liberdade - e é acusada por tentativa de estelionato e vilipêndio de cadáver. Ainda está sendo investigada pela Polícia Civil do Rio por homicídio culposo (não intencional), por ter levado o tio ao banco em um momento em que ele precisava de cuidados médicos.
Érika afirma que não percebeu que o tio estava morto.
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